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CONSTIPA

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constipa o intestinal dra. yanna aires gadelha de mattos preceptora resid ncia m dica pediatria e do internato-escs hmib/ses/df - ala b – PowerPoint PPT presentation

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Title: CONSTIPA


1
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
  • DRA. YANNA AIRES GADELHA DE MATTOS
  • PRECEPTORA RESIDÊNCIA MÉDICA PEDIATRIA E DO
    INTERNATO-ESCS
  • HMIB/SES/DF - ALA B
  • Brasília, 18 de junho de 2012
  • www.paulomargotto.com.br

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Enfezado
  • Alguém sabe dizer a origem dessa palavra e o
    porquê do uso dela para descrever uma pessoa
    emburrada? Por coincidência, em francês tem a
    palavra correspondente "enmerdé", ao pé-da-letra
    significa, "en-merdado"!!!!
  • Irado, enrraivecido, bravo, muito
    nervoso.Literalmente quer dizer "cheio de
    fezes", situação que provoca enraivecimento e ira
    na pessoa quando esta acumula muitas fezes no
    organismo.

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Enfezado
  • A autêntica etimologia da palavra é outra. Não
    tem nada a ver com intestino preso. A palavra
    deriva do latim infensatum, referente a uma
    atitude de hostilidade defensiva. O enfezado está
    no seu canto, encolhido de medo, assustado, mas
    fazendo aquela cara feia para defender-se, com
    raiva (mas no fundo é fragilidade...),
    respondendo sempre com rispidez, ameaçando
    agredir o primeiro que se aproxime.

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INTRODUÇÃO
  • Padrão normal de evacuações sinal de saúde
  • Desvios nos padrões das evacuações são
    responsáveis por cerca de 3 das consultas
    pediátricas gerais e por 25 das idas aos
    gastroenterologistas pediatras.

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Introdução
  • População ocidental principalmente.
  • Mulheres, crianças e idosos.
  • Relação entre meninas e meninos até 4 anos é de
    11.
  • Com 5 anos ou mais a relação eleva-se a 3-41.
  • Estima-se que uma de cada dez crianças requeiram
    atenção médica para constipação, em alguma época
    da vida.
  • Prevalência no Brasil
  • 28,8 Maffei et al (1997), Botucatu, SP
  • 26,8 Del Ciampo et al (2006), Ribeirão Preto,
    SP
  • 21,8 em lactentes Motta e Silva (1998), Recife,
    PE

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Definições
  • Constipação ocorrência de qualquer uma das
    seguintes manifestações, independentemente do
    intervalo entre as evacuações eliminação de
    fezes duras, na forma de cíbalos, seixos ou
    cilíndricas com rachaduras, dificuldade ou dor
    para evacuar, eliminação esporádica de fezes
    muito calibrosas que entopem o vaso sanitário ou
    frequência de evacuações inferior a 3 por semana,
    exceto as crianças em aleitamento natural.
  • Hyams J, Colletti R, Morais MB et al. Functional
    Gastrointestinal Disorders. In World Congress
    Pediatr Gastroenterol, Hepatol Nutr 2000
    (Boston, USA) Report of the Working Group, 83-94

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Recém-nascido, lactente e pré-escolar Escolar e adolescente
Pelo menos 2 dos seguintes critérios, em menores de 4 anos, por no mínimo 1 mês Pelo menos 2 dos seguintes critérios, em maiores de 4 anos e que não preencha os critérios diagnósticos da SII
- Duas ou menos evacuações/semana - Duas ou menos evacuações/semana no vaso sanitário
- Pelo menos 1 episódio/semana de incontinência fecal, após aquisição de controle esfincteriano anal -Pelo menos 1 episódio/semana de incontinência fecal, após aquisição de controle esfincteriano anal
- Comportamento de retanção para evitar a defecação -Comportamento de retanção ou retenção voluntária das fezes
- Evacuações com dor ou dificuldade - Evacuações com dor ou dificuldade
- Presença de grande quantidade de fezes no reto -Presença de grande quantidade de fezes no reto
- Eliminação de fezes de grande diâmetro, que podem causar entupimento do vaso sanitário. - Eliminação de fezes de grande diâmetro, que podem causar entupimento do vaso sanitário.
Podem ocorrer irritabilidade, diminuição do apetite e/ou saciedade precoce. Estes sintomas melhoram quando há uma evacuação. Pelo menos 1 vez/semana, por 2 meses.
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SII Síndrome do Intestino Irritável
  • O paciente deve apresentar todas as
    características a seguir, pelo menos 1
    vez/semana, por no mínimo 2 meses
  • 1. Desconforto no abdome ou dor associada com 2
    ou mais dos seguintes critérios, durante pelo
    menos 25 do tempo
  • 1.1 o sintoma melhora com a evacuação
  • 1.2 início dos sintomas associado com mudança
    na frequência das evacuações
  • 1.3 início dos sintomas associado com
    mudança na forma (aspecto) das fezes.
  • 2. Ausência de evidência de processo
    inflamatório, metabólico ou neoplásico que possa
    explicar os sintomas.

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Distúrbios funcionais da defecação segundo os
critérios de Roma
  • Disquesia ocorre nos primeiros 6 meses de vida,
    caracterizando-se pela ocorrência de episódios de
    esforço, gemidos e choro acompanhados de
    vermelhidão na face, por 10 a 20 minutos,
    antecedendo as várias eliminações diárias de
    fezes amolecidas. Desaparece em semanas
    acredita-se que ocorra nos lactentes que ainda
    não desenvolveram a capacidade de coordenar o
    aumento da pressão abdominal com o necessário
    relaxamento do assoalho pélvico para evacuar.

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Distúrbios funcionais da defecação segundo os
critérios de Roma
  • Constipação funcional eliminação de fezes em
    cíbalos, seixos, duras, na maioria das evacuações
    e/ou a ocorrência de 2 evacuações duras por
    semana ou menos.
  • Retenção fecal funcional repetidas tentativas
    para evitar a defecação, relacionada com o medo
    da dor durante a evacuação. Há evacuações de
    grande calibre, menos que 2 x /semana, podendo
    existir as seguintes manifestações associadas
    soiling, irritabilidade, cólicas abdominais,
    redução do apetite e saciedade precoce.

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Outras definições
  • Incontinência fecal falta de controle do
    esfíncter de corrente de causas orgânicas, como
    anomalias anorretais e disfunções neurológicas,
    por exemplo, em pacientes com meningomielocele.
  • Escape fecal funcional não retentivo ocorre
    quando da fadiga da musculatura do assoalho
    pélvico que acontece nas diarréias, lesões
    medulares, ou como manifestação de um distúrbio
    emocional, em geral em escolares. Inclui os
    pacientes com encoprese e incontinência fecal.
  • Pseudoconstipação do lactente em aleitamento
    natural evacuações menos de 3 x / semana , com
    fezes macias.

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Soiling x encoprese
  • Escape fecal ou soiling perda involuntária de
    parte do conteúdo fecal por portadores de
    constipação crônica, consequente a fezes
    impactadas no reto.
  • Encoprese ato completo da defecação, em sua
    plena sequência fisiológica, porém em local e /ou
    momento inapropriado, sendo, em geral, secundária
    a distúrbios psicológicos.

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Soiling ou escape fecal
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FREQUÊNCIA NORMAL DOS MOVIMENTOS INTESTINAIS
IDADE NÚMERO DE EVACUAÇÕES / SEMANA NÚMERO DE EVACUAÇÕES / DIA
0 3 MESES
AMAMENTAÇÃO SEIO
AMAMENTAÇÃO SEIO 5 - 40 2.9
FÓRMULAS 5 - 28 2
6 - 12 MESES 5 - 28 1.8
1 3 ANOS 4 - 21 1.4
gt 3 ANOS 3 - 14 1.0
  • Modificado de Fontana M. Bianch C, Cataldo F, e
    col. Bowel frequency in healthy children. Acta
    paediatr Scand 1987 78 682-4.

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Introdução
  • Constipação funcional (sem evidências de causas
    patológicas) causada por evacuações dolorosas,
    com resultante retenção voluntária de fezes por
    uma criança que deseja evitá-las.
  • Desencadeadores treinamento esfincteriano,
    mudanças na rotina ou dieta, eventos
    estressantes, doenças intercorrentes,
    indisponibilidade de banheiros, adiamento da
    defecação porque a criança está muito ocupada.

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Introdução
  • A causa mais comum de constipação intestinal na
    infância é a decisão feita pela criança para
    retardar a evacuação após uma experiência
    dolorosa
  • A retenção fecal pode levar a uma estase das
    fezes no cólon, com reabsorção dos fluidos e
    aumento no tamanho e consistência das fezes.

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Introdução
  • A passagem de fezes endurecidas e grandes pode
    assustar a criança, a ponto de fazê-la ficar
    determinada a evitar toda defecação. Estas
    crianças respondem à vontade de evacuar
    contraindo os glúteos e o esfincter anal,
    tentando reter as fezes. Elas ficam nas pontas
    dos pés e dançam pra frente e pra trás, apertando
    as coxas e pernas, contorcendo-se ou assumindo
    posturas pouco usuais, frequentemente se
    escondendo num canto (comportamento retentivo).

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Introdução
  • Eventualmente o reto se acostumacom o estímulo
    da massa fecal o estirando e a vontade de evacuar
    desaparece. Com o tempo, este comportamento
    retentivo torna-se automático.
  • Quando a parede retal se distende pode haver
    escape fecal (soiling), deixando os pais zangados
    e assustando a criança.
  • Após vários dias sem evacuar surgem
    irritabilidade, distensão abdominal, cólicas e
    diminuição da ingesta oral.

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História clínica
  • Primeira evacuação após o nascimento.
  • O que a família entende por constipação.
  • Há quanto tempo os sintomas surgiram.
  • Frequências das evacuações, tamanho e
    consistência das fezes.
  • Dor para evacuar, presença de sangue nas fezes ou
    no papel higiênico.
  • Dor abdominal, diferenciar soiling de diarréia.
  • Sinais de alerta para a presença de doença
    orgânica febre, distensão abdominal, anorexia,
    náuseas, vômitos, perda ponderal.
  • Diarréia sanguinolenta em lactente com história
    de constipação pode indicar enterocolite
    complicando um Hirschsprung.

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Tipos de cocô
21
A ESCALA FECAL DE BRISTOL
22
História clínica
  • História alimentar
  • Uso de medicamentos
  • História familiar (FC, tireoidopatias, doença
    celíaca, constipação, Hirschsprung...)
  • História psicossocial (estrutura da família,
    número de pessoas em casa, interação da criança
    com os pares, possibilidade de abuso, se a
    criança usa ou não o banheiro na escola...)

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Exame físico
  • Ectoscopia
  • Sinais vitais
  • Cabeça, olhos, nariz, garganta
  • Pescoço, cardiovascular, tórax e pulmões
  • Abdome distensão, hepatoesplenomegalia, massa
    fecal palpável.
  • Inspeção anal posição, presença de fezes ao
    redor do ânus ou nas roupas, eritema perianal,
    fissuras, plicomas.

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Exame físico
  • Toque retal reflexo anal, tônus, presença de
    fezes e massa fecal, consistência das fezes,
    outras massas, fezes explosivas após a introdução
    digital, sangue oculto nas fezes (importante nas
    crianças com constipação e também naquelas com
    dor abdominal, hipodesenvolvimento, diarréia
    intermitente ou história familiar de pólipos ou
    câncer de cólon).
  • Exame da coluna vertebral e das costas tufo de
    pêlos, cisto pilonidal.
  • Exame neurológico força, tônus, reflexo
    cremastérico, reflexos tendinosos profundos.

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Diagnóstico diferencial
  • Não orgânicas transtornos cognitivos e de
    déficit de atenção, situacionais (treinamento
    esfincteriano coercitivo, evitar os banheiros da
    escola, intervenções excessivas dos pais,
    abuso...), depressão, dieta pobre em fibras,
    desidratação, desnutrição, causas constitucionais
    como inércia colônica ou predisposição
    genética...

26
Diagnóstico diferencialcausas orgânicas
  • Malformações anatômicas imperfuração anal,
    estenose anal, massa pélvica (teratoma sacral)...
  • Metabólicas e gastrointestinais hipotiroidismo,
    hipercalcemia, hipocalemia, fibrose cística,
    diabetes mellitus, neoplasia endócrina múltipla
    tipo 2B, doença celíaca.
  • Neuropatias anomalias da coluna vertebral e
    medula espinhal, neurofibromatose, traumas
    espinhais...
  • Alterações dos nervos ou músculos intestinais
    Hirschsprung, displasia neuronal, miopatias
    viscerais, neuropatias viscerais.

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Diagnóstico diferencialcausas orgânicas
  • Anormalidades da musculatura abdominal prune
    belly, gastrosquise, Down.
  • Doenças do tecido conjuntivo esclerodermia, LES,
    Sd. Ehlers-Danlos.
  • Drogas opiáceos, fenobarbital, sucralfato,
    antiácidos (com alumínio), antihipertensivos,
    anticolinérgicos, antidepressivos,
    simpaticomiméticos.
  • Outros ingesta de metais pesados (chumbo),
    intoxicação por vitamina D, botulismo,
    intolerância à proteína do leite de vaca.

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Diagnóstico diferencialcausas orgânicas
  • Alergia à Proteína do Leite de Vaca pode ser
    considerada causa de constipação crônica
    refratária em crianças. Em 28 das 25 crianças
    avaliadas, a constipação desapareceu durante
    dieta de exclusão e reapareceu após desafio.
    Daher S. Tahan et al. (2001) EPM, SP

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Orgânica x Funcional Sinais de alerta
  • Hipodesenvolvimento
  • Distensão abdominal
  • Ausência da curvatura lombossacra
  • Cisto pilonidal coberto por tufo de pelos
  • Anormalidades pigmentárias em linha média da
    coluna lombo-sacra
  • Agenesia sacral
  • Glúteos planos
  • Ânus anteriorizado
  • Ânus distendido
  • Reto vazio na presença de massa fecal palpável

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Orgânica x FuncionalSinais de alerta
  • Saída de fezes líquidas e ar quando da introdução
    digital
  • Sangue oculto nas fezes
  • Ausência de reflexo anal ou cremastérico
  • Diminuição do tônus e/ou força dos MMII
  • Ausência ou atraso na fase de relaxamento dos
    reflexos tendinosos profundos das extremidades
    inferiores.

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Diagnóstico diferencial da CCF e da DH
Característica Constipação Funcional Doença de Hirschsprung
Início 2 3 anos Ao nascer
Retardo na eliminação de mecônio Rara Comum
Sintomas Obstrutivos Raros Comum
Comportamento Retentivo Comum Raro
Medo de evacuar Comum Raro
Escape fecal Comum Raro
Tamanho fecal Muito grande Pequeno, em cíbalos
Retardo de crescimento Raro Comum
Enterocolite Nunca Possível
Ampola retal Grande Estreita
Fezes na ampola retal Comum Raro
Enema de bário Sem zona de transição Zona de transição
Manometria retal Normal Ausência de reflexo anorretal
Biopsia Retal Normal Sem células ganglionares, aumento da acetil colinesterase
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(No Transcript)
33
(No Transcript)
34
Fisiologia da defecação
  • Quando as fezes chegam ao reto, receptores
    sensíveis ao estiramento determinam o relaxamento
    do esfíncter interno do ânus, permitindo que o
    conteúdo retal, ao atingir a região anodérmica,
    seja percebido de modo discriminado para
    gases,líquido ou fezes pastosas. Neste momento, o
    indivíduo decide pela eliminação de flatos ou
    pela contração voluntária do esfíncter externo
    até chegar ao local apropriado para ultimar a
    defecação.

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Fisiologia da defecação
  • Reflexo inibitório retoanal relaxamento do
    esfíncter interno do ânus, consequente à
    distensão retal. Ele é transmitido pelo plexo
    mioentérico.
  • Reflexo ausente na doença de Hirschsprung,

36
(No Transcript)
37
(No Transcript)
38
Tratamento
  1. Determinar se há impactação
  2. Tratar a desimpactação, se houver
  3. Iniciar o tratamento por via oral
  4. Prover educação dos pais e um seguimento de
    perto
  5. Ajustar as medicações conforme a necessidade.

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Educação
  • Explicar a fisiopatologia da doença e
    desmistificar a constipação é o primeiro passo do
    tratamento.
  • Se houver soiling é importante retirar os
    reforços negativos e fazer com que os pais
    entendam que esse não é um comportamento
    desafiador ou voluntário da criança.
  • Encorajar os pais a terem uma atitude de apoio,
    com reforços positivos.

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Desimpactação
  • IMPACTAÇÃO FECAL massa fecal em abdome inferior
    palpável ao exame físico reto dilatado e com
    grande quantidade de fezes ao toque ou excesso de
    fezes no cólon à radiografia de abdome.
  • A desimpactação deve ser feita antes de
    iniciarmos a medicação VO de manutenção. Ela pode
    ser conseguida pelas vias oral e/ou retal.
  • Oral menos invasiva, dá sensação de poder à
    criança, mas a aderência pode ser difícil.
  • Retal mais rápida, porém invasiva.

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Desimpactação
  • Oral efetiva com doses altas de óleo mineral,
    PEG ou ambos. Hidróxido de magnésio, citrato de
    magnésio, lactulose, sorbitol, senna ou bisacodil
    podem ser usados com sucesso, embora não haja
    estudos controlados sobre sua efetividade.
  • Retal enemas fosfatados, salinos ou de óleo
    mineral. Pode-se usar supositório de glicerina
    em lactentes e de bisacodil em crianças maiores.

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Terapia de manutenção
  • Após a resolução da desimpactação, o foco do
    tratamento é a prevenção da recorrência.
  • A manutenção consiste em intervenções dietéticas,
    modificações do comportamento e laxativos a fim
    de assegurar que as evacuações ocorram em
    intervalos normais e sem desconforto.

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Dieta
  • O desmame é um período em que o lactente pode
    mudar o padrão evacuatório em direção à
    constipação.
  • O aleitamento artificial aumenta em 4,5 vezes o
    risco de constipação, em relação ao aleitamento
    natural predominante (exclusivo ou leite materno,
    água e chá). Aguirre et al. 2002
  • Deve-se encorajar ingesta de líquidos e de
    carboidratos absorvíveis e não absorvíveis.
  • Sorbitol (suco de maçã, pera e ameixa) aumenta a
    frequência e a quantidade de água nas fezes.

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Dieta
  • Dieta balanceada, incluindo grãos integrais,
    frutas e vegetais (feijão, ervilha, lentilha,
    grão-de-bico, milho, pipoca, coco, verduras,
    aveia em flocos, frutas com casca e bagaço).
  • Pode-se utilizar farelos e cereais integrais para
    o preparo de massas, tortas, pães, bolos e
    farofas, na proporção de 1/3 das farinhas.
  • Suplementar fibras?? Estudos conflitantes!
  • Idade 10 g/ dia
  • Glucomannan fibra alimentar solúvel em água,
    extraída de raízes da planta konjac
  • APLV pode levar a proctite e colite, com
    evacuações dolorosas e desencadeamento da
    constipação.

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Dieta probióticos e prebióticos
  • Probióticos microorganismos vivos que atuam
    beneficamente no organismo, melhorando o
    equilíbrio da microbiota intestinal.
  • Prebióticos substâncias que, quando ingeridas,
    não são digeridas e nem absorvidas no intestino
    delgado. Quando atingem o cólon, estimulam
    seletivamente uma bactéria ou um grupo delas que
    têm característica de probióticos.
  • Poucos estudos com probióticos e constipação.
    Campo promissor.

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Modificações do comportamento
  • Ter um tempo pra ir ao banheiro sem pressa após
    as refeições.
  • Diário da frequência das evacuações.
  • Sistema de recompensas (reforço positivo).
  • Psicoterapia.
  • Tratamento difícil, especialmente quando há
    soling, requerendo uma família participativa e
    bem organizada, com paciência para encarar
    períodos de melhora e recaídas.
  • O acompanhamento deve ser frequente.

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Medicações
  • Laxativos lubrificantes (óleo mineral), laxativos
    osmóticos (hidróxido de magnésio, lactulose,
    sorbitol, PEG) ou combinação.
  • Há relatos de uso a longo prazo de óleo mineral,
    hidróxido de magnésio, lactulose e sorbitol.
  • PEG 3350 superior aos outros laxativos osmóticos
    em palatabilidade e aceitação.
  • Laxativos estimulantes (senna, bisacodil,
    supositório de glicerina) podem ser usados
    intermitentemente por períodos curtos para evitar
    recorrência de impactação.

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Laxativos osmóticos Dose Efeitos adversos Notas
Lactulose 1-3 mL/kg/d, divididos em duas vezes Flatulência, cólicas, (hipernatremia quando usado em altas doses na encefalopatia hepática), relatos de megacólon não tóxico em crianças maiores. Dissacarídeo sintético bem tolerado a longo prazo.
Sorbitol 1-3 mL/kg/d lactulose Menos caro que a lactulose
Hidróxido de magnésio 1-3 mL/kg/d, 2 x ao dia Risco de intoxicação em lactentes e de hipermagnesemia, hipofosfatemia, hipocalcemia secundária, se overdose. Libera colecistocinina, que estimula a secreção gastrintestinal e a motilidade. Usar com cuidado em nefropatas.
PEG Desimpactação 1-1,5 g/kg/d por 3 dias Manutenção 1 g/kg/d Apresentação com eletrólitos tem menor aceitação. Melhor paladar e aceitação, necessidade de mais estudos antes de disseminar seu uso em lactentes
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Laxativo lubrificante
Lubrificante Dose Efeitos adversos Notas
Óleo mineral Não recomendado antes de 2 anos. Desimpactação 15-30 mL/ano de idade até 240 mL/dia Manutenção 1-3 mL/kg/dia, dividido em 2x/dia Pneumonia lipóide (se aspirado), interferência (teórica) na absorção de substâncias lipossolúveis, reação tipo corpo estranho na mucosa intestinal. Amacia as fezes e diminui a absorção de água. Mais palatável se refrigerado. Pode ser misturado à aveia. Escape anal de óleo puro é indicativo de dose muito alta.
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Enema osmótico Dose Efeitos adversos Notas
Enemas fosfatados Evitar em menores de 2 anos. gt 2 anos 6 mL/kg até 135 mL Risco de trauma mecânico à parede retal, distensão abdominal e vômitos. Pode levar à hiperfosfatemia e hipocalcemia com tetenia. Parte do ânion é absorvido, o que não é problema se o rim for saudável. A maioria dos efeitos colaterais ocorrem nas crianças com insuficiência renal ou doença de Hirschsprung.
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Lavagem Dose Efeitos adversos Notas
Solução eletrolítica de polietilenoglicol Desimpactação 25 mL/kg/h até 1000 mL/h por SNG ou 20 mL/kg/h por 4h/d. Manutenção 5 -10 mL/kg/d Difícil de tomar. Pode haver náuseas, vômitos, distensão abdominal, cólicas e irritação anal. Aspiração, pneumonia, edema pulmonar, Sd. Mallory-Weiss. Segurança quanto ao uso prolongado ainda não estabelecida. Informações obtidas principalmente do uso para irrigação colônica total. Pode requerer admissão hospitalar e SNG.
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Laxativos estimulantes
Estimulantes Dose Efeitos adversos Notas
Senna 2-6 anos 2,5 a 7,5 mL/d 6-12 anos 5 a 15 mL/dia Hepatite idiossincrásica, osteoartropatia hipertrófica, nefropatia analgésica, melanosis coli. A melanosis coli costuma desaparecer 4 a 12 meses após a descontinuação do uso.
Bisacodil gtou 2 anos0.5-1 supositório ou 1 drágea ao deitar. Dor abdominal, diarréia, hipocalemia, anormalidades na mucosa retal e até proctite. Há relatos de caso de urolitíase.
Supositório de glicerina Não há. Efetivo nas constipações agudas, mas nas crônicas.
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Referências Bibliográficas
  • Constipation Guidelines Committee of NASPGHAN. J
    Pediatr Gastroenterol Nutr, Vol. 43, No. 3,
    September 2006.
  • Morais, MB, Maffei HVL, Tahan S. Constipação
    Intestinal. In Carvalho E, Silva LR, Ferreira,
    CT.. Gastroenterologia e Nutrição em Pediatria.
    Barueri Manole, 2012. p. 466-93.

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Obrigada!
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Orientações aos pacientes
  •  Dieta laxante, rica em fibras
  • Dar frutas com casca e bagaço.
  • (Evitar frutas que prendam banana, caju,
    maracujá, limão, goiaba, maçã e pêra sem casca).
  • Dar verduras e folhas verdes.
  • (Evitar legumes ou tubérculos que prendam
    inhame, mandioquinha, batata, cenoura cozida,
    chuchu e arroz branco).
  • Dar grãos, feijão, lentilha, milho, cereais
    integrais como aveia em flocos, farelo de trigo,
    multimistura. Estes podem ser adicionados ao
    leite, sopas ou comidas.
  • (Evitar maizena, cremogema, arrozina,
    mucilon de arroz, tapioca).
  • (Evitar também chás, alimentos
    industrializados, refrigerantes, chips)
  • Utilizar a medicação prescrita pelo médico pelo
    tempo recomendado.
  • Lembrar que o seio materno é fundamental para a
    saúde do futuro adulto e é importante fator na
    prevenção da constipação intestinal.

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Orientações aos pacientes
  • A constipação intestinal deve ser tratada. É
    necessário ter muita paciência. Não usar castigos
    ou prêmios, pois a evacuação é um evento normal.
    Vamos tratar juntos.
  • Recondicionamento do hábito intestinal normal
    estimular o paciente a permanecer sentado no vaso
    sanitário por 5 a 10 minutos após as principais
    refeições. Adaptar o vaso sanitário se
    necessário. Motivar a criança a não prender as
    evacuações.
  • Estimular atividade física.
  • Aumentar a ingestão de água (filtrada, mineral ou
    previamente fervida).
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