Title: Na simula
1Estabilidade de Fases
- Na simulação de processos de separação
envolvendo equilíbrio de fases é importante saber
quantas fases estão em equilíbrio (F C - P 2) - Por exemplo, para o cálculo de flash de uma
mistura líquido-vapor, como se faz? - - Cálculo de Ponto de Bolha
- - Cálculo de Ponto de Orvalho
- - PPO lt P lt PPB ?
- - TPO lt T lt TPB ?
-
2Estabilidade de Fases
- Esse método tradicional é suficiente e econômico
para a maioria dos problemas de interesse
prático. - Porém, há situações em que esse método não é
adequado - - Nos casos de equilíbrio de fases envolvendo
fluidos sub ou supercríticos nas proximidades dos
pontos críticos - - Quando no equilíbrio algumas fases estão
presentes em pequenas quantidades - - Para sistemas onde se forma mais de uma fase
líquida, como por exemplo nos cálculos de
misturas de hidrocarbonetos contendo quantidades
consideráveis de hidrogênio, metano e CO2 -
3Critério do Plano Tangente
- Um sistema em equilíbrio é estável quando a
energia livre de Gibbs tem seu valor mínimo.
Matematicamente, isto pode ser expresso pelas
seguintes condições - A rigor, o cálculo do flash isotérmico deveria
testar todas as possíveis combinações de fases e
distribuição de componentes para encontrar a
condição do mínimo da energia de Gibbs. - O processo de minimização da energia de Gibbs
para se determinarem as condições de equilíbrio,
evitando-se soluções falsas, pode ser
ilustrado pelo critério do plano tangente para um
sistema binário. -
4Critério do Plano Tangente
- Relembrando algumas relações termodinâmicas para
um sistema binário -
-
5Critério do Plano Tangente
- Considere um sistema binário, cujo diagrama
pressão-composição, a T constante, é dado ao
lado. Dependendo do valor da fração molar da
mistura (xF) e da pressão, o sistema pode
apresentar 1, 2 ou 3 fases em equilíbrio, sendo
vapor V, líquido L1 e líquido L2.
6Critério do Plano Tangente
- A energia livre de Gibbs molar desse sistema
binário, na pressão P1, pode ser calculada a
partir de uma equação de estado. Considere a
tangente a essa curva no ponto A (fase vapor
pura). Pelo método gráfico, tem-se que a
interseção dessa reta com o eixo vertical fornece
os valores de
7Critério do Plano Tangente
- Considere agora a tangente à energia de Gibbs
nos pontos B e D, onde o fase vapor V e a fase
líquida L1 estão em equilíbrio, de tal forma que -
- Se essa mistura fosse homogênea a energia de
Gibbs seria GF. Porém, as fases se separam para
minimizar a energia de Gibbs, já que GFltGF.
8Critério do Plano Tangente
- Logo, o sistema binário na pressão P1 e
composição xF, com apenas uma fase é instável e
com 2 fases torna-se estável, e a energia livre
de Gibbs é dada por - O número de moles de cada fase em equilíbrio é
calculado através de balanço de massa (regra da
alavanca) -
9Observação
- A mistura binária de composição xA não pode se
separar em 2 fases B e D, reduzindo sua energia
de Gibbs de GA para um suposto GA, devido à
seguinte restrição do balanço de massa - Para que essa igualdade fosse possível, o número
de moles de uma das fases deveria ser negativo, o
que é fisicamente impossível. - Essa condição pode ser usada para eliminar fases
não-existentes durante o cálculo do flash. Quando
xV for negativo, significa que o sistema tem
apenas uma fase líquida (líquido subresfriado) e
quando xV gt1, implica que o sistema tem apenas
uma fase vapor (vapor superaquecido)
10Critério do Plano Tangente
- A energia livre de Gibbs molar desse sistema
binário, na pressão P2, é ilustrada ao lado. Uma
única reta pode ser traçada tangente aos pontos
E, M e N, indicando a existência de 3 fases em
equilíbrio L1, L2 e V, respectivamente. Qualquer
mistura com composição entre E e N irá se separar
nas 3 fases e a quantidade de cada fase pode ser
determinada por balanço de massa -
11Critério do Plano Tangente
- A energia livre de Gibbs molar desse sistema
binário, na pressão P3, é ilustrada ao lado. Uma
mistura de composição xF pode se separar em 2
sistemas bifásicos diferentes, como mostram as 2
retas tangentes. Ambos sistemas satisfazem o
balanço de massa e a igualdade de potenciais
químicos, mas apenas o sistema L1-L2 é estável
porque apresenta o menor valor da energia de
Gibbs. -
12Observação
- Uma mistura terá uma fase única estável se a
curva da energia livre de Gibbs versus composição
tiver a concavidade voltada para cima, para todos
os valores de composição - Quando a curva (superfície) de Gibbs apresentar
alguma concavidade voltada para abaixo, então a
mistura irá se separar em fases em equilíbrio
indicadas pelos pontos de tangência a essa curva. - Embora possa existir mais de uma tangente, apenas
aquela correspondente ao menor valor da energia
de Gibbs da mistura representará a solução
verdadeira - As conclusões tiradas acima para um sistema
binário são válidas também para sistemas
multicomponentes. Porém nesse caso não é possível
a ilustração geométrica
13Observação
- Aplicação do critério do plano tangente a um
sistema binário é uma tarefa relativamente
simples. Porém, a determinação da superfície de
Gibbs e dos possíveis planos tangentes para
sistemas multicomponentes não é viável. Contudo,
o critério do plano tangente tem sido muito útil,
ao inspirar pesquisadores na implementação de
métodos numéricos para análise de estabilidade - Entre os métodos numéricos de análise de
estabilidade de fases, para sistemas
multicomponentes, destaca-se o método de
Michelsen, de maior aplicação mundial
14Bibliografia Complementar
- Michelsen, M.L., The Isothermal Flash Problem,
Part I, Stability, Fluid Phase Equilibria, 9,
1-19, 1982. - Michelsen, M.L., The Isothermal Flash Problem,
Part II, Phase Split Calculation, Fluid Phase
Equilibria, 9, 21-40, 1982. - Michelsen, M.L., Phase Equilibrium Calculations,
What is Easy and What is Difficult?, Computers
Chemical Engineering, 17, No. 5/6, 431-439, 1993.
15EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO
- APLICAÇÃO
- Extração líquido-líquido.
- (separação de soluções aquosas diluídas, baseado
na distribuição de um soluto entre fases líquidas
imiscíveis).
- Fatores que influenciam o ELL
- Fortemente influenciado pela variação na
TEMPERATURA. - Pouco influenciado pela PRESSÃO.
Critério de Equilíbrio
? - Fase líquida 1 ? - Fase líquida 2
16EQUILÍBRIO BINÁRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO
UCST
T
Região de duas fases
LCST
0
1
Fração molar de líquido, x1
UCST Temperatura crítica superior da solução
(ou temperatura consoluta)
LCST Temperatura crítica inferior da solução
17Sistema Parcialmente Miscível
T E M P E R A T U R A, T
Tlt T3 , não há vapor. T T3 , fase vapor em
equilíbrio com duas fases líquidas cujas
composições são dadas pelos pontos A e B. A
composição da fase vapor é dada pelo ponto E, que
representa um azeótropo. T T1, o líquido de
composição C está em equilíbrio com o vapor de
composição D. T T2, vapor em equilíbrio com o
líquido de composição F
FRAÇÃO MOLAR DO COMPONENTE 1, X1
FIGURA 1 - Equilíbrio Líquido-vapor e Equilíbrio
Líquido-líquido.
18EQUILÍBRIO BINÁRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO
Equilíbrio Líquido-vapor e Equilíbrio
Líquido-líquido. Nas temperaturas abaixo de T3
não há fase vapor e as composições das fases
líquidas são relacionadas pelas curvas ? e ?. Na
T3 a fase vapor está em equilíbrio com duas fases
líquidas cujas composições são dadas pelos pontos
A e B. A composição da fase vapor é dada pelo
ponto E, que representa um azeótropo
heterogêneo. Na T1, o líquido de composição C
está em equilíbrio com o vapor de composição D, o
qual quando condensado forma quantitativamente
líquido de mesma composição. Na T2, o vapor em
equilíbrio com o líquido de composição F, quando
condensado, estará numa região de duas fases e
irá separar em duas fases líquidas de composição
A e B, com quantidade relativa das duas fases,
dada pela regra da alavanca.
19Azeótropo
- É um ponto do diagrama de ELV onde o líquido e o
vapor em equilíbrio têm a mesma composição (ponto
azeotrópico)
- Consequência
- Os componentes de uma mistura azeotrópica não
podem ser separados por destilação
20EQUILÍBRIO BINÁRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO
(1)
(2)
(1) em (2)
(3)
e
(4)
21EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO
Cálculo do coeficiente de atividade a partir da
equação de Margules 2 sufixos
(5)
(5) em (3) e (4)
22Análise de Estabilidade
Verifica se para um sistema em particular, a uma
dada temperatura, existirão múltiplas fases
líquidas.
Para um sistema fechado, à temperatura e pressão
constantes, o critério de estabilidade requerido
determina que a energia livre de Gibbs esteja num
mínimo.
Energia livre de Gibbs para uma mistura binária
ideal é dada por
Onde G1 e G2 são energia livre de Gibbs molar,
para componente puro. Uma vez que, as frações
molares x1 e x2 são números fracionários ou zero,
o termo entre parênteses é negativo para todo xi
diferente de zero e então, Gid é sempre menor que
a média entre G1 e G2, dada pelos dois primeiros
termos. Para misturas ideais, entào, a curva de
Gid versus x1 é sempre côncava para cima, então
o critério de estabilidade, para todo xi, é
23Análise de Estabilidade
Foi visto que a condição de estabilidade requer
o mínimo da energia livre de Gibbs que pode ser
expressa também por
Relembrando algumas expressões
24Análise de Estabilidade
Para um sistema binário, tem-se que
Aplicando-se o critério de estabilidade
Uma solução ideal (GE0) será sempre estável,
pois
25Outros Critérios de Estabilidade