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1FÁRMACOSANTIPSICÓTICOS
2Psicose
- Psicose - estado no qual o indivíduo perde o
contato com a realidade - alucinações
- ilusões
- delírios
- transtornos do pensamento formal
3Esquizofrenia
Principal causa de psicose crônica
- diagnóstico - século XIX - tragédia clássica -
ficar louco - Hamlet - loucura de Ofélia -
Rei Lear III - Poor Tom filho de Gloucester
Eugen Bleuler Emil Kraepelin início século XX
- busca de um processo fundamental
4Esquizofrenia
- distúrbios da percepção e integração da realidade
- casos severos - prejuízo da cognição e motivação
- Sintomas Positivos delírios e alucinações, fala
e comportamento desorganizados, afeto
incongruente - Sintomas Negativos isolomento social, redução
da produção e fluência do pensamento (alogia) e
da produção da fala, anedonia, avolição,
embotamento afetivo - recentemente - prejuízo da cognição
5Esquizofrenia
- primeiro episódio - adolescentes ou adultos
jovens - 25 somente um episódio agudo
- 25 estado permanente
- 50 episódios recorrentes ao longo da vida
- prevalência de 1 na população geral
- fator hereditário
- prevalência de 10 entre irmãos de pais
esquizofrênicos - 40 de concordância entre gêmeos monozigóticos
6TEORIAS DA ESQUIZOFRENIA
- Abordagem neuroanatômica
- aumento do tamanho ventricular
- diminuição do córtex pré-frontal e hipocampo -
diminuição do tamanho do neurônio - cérebros de esquizofrênicos - 30 - 50 de
diminuição na expressão de mielina no córtex
pré-frontal e hipocampo
7Abordagem neuroquímica
8ETIOLOGIA da ESQUIZOFRENIAhipótese dopaminérgica
- Jean Delay Pierre Deniker - clorpromazina
produzia efeitos neurológicos semelhantes à
doença de Parkinson - anfetamina
- exacerba os sintomas da esquizofrenia
- administração prolongada em doses elevadas -
efeitos semelhantes aos sintomas positivos da
esquizofrenia em pessoas normais (exceto
alucinação auditiva) - ensaios de interação fármaco-receptor -
correlação entre afinidade pelo receptor D2 e
efeito antipsicótico
9ETIOLOGIA da ESQUIZOFRENIAhipótese dopaminérgica
Aumento da atividade dopaminérgica
Esquizofrenia
10ETIOLOGIA da ESQUIZOFRENIAhipótese
serotoninérgica
- Efeitos alucinógenos do LSD (agonista parcial de
receptores 5-HT2a) - Antipsicóticos atípicos - bloqueio 5-HT2A gt D2
11ETIOLOGIA da ESQUIZOFRENIAhipótese
serotoninérgica
Aumento da atividade serotoninérgica
Esquizofrenia
12ETIOLOGIA da ESQUIZOFRENIAhipótese glutamatérgica
- Fenciclidina - antagonista NMDA induz psicose
semelhante à esquizofrenia - aumento da concentração de glutamato no LCR de
pacientes esquizofrênicos - estudos pos mortem - diminuição da concentração
de glutamato no córtex frontal e hipocampo - antagonista NMDA - aumenta DA no córtex
pré-frontal e estruturas subcorticais
13ETIOLOGIA da ESQUIZOFRENIAhipótese glutamatérgica
Diminuição da atividade glutamatérgica
Esquizofrenia
14ETIOLOGIA da ESQUIZOFRENIAABORDAGEM GENÉTICA
- Vários loci genéticos conferem susceptibilidade à
esquizofrenia - deleção 22q11 - 20 - 25 de incidência de
esquizofrenia - 22q11 - catecol - O - metil transferase
- 13q32 - receptor 5-HT2A
- 1q42 - proteína DISC-1
15Antipsicóticos
Fármacos utilizados no tratamento de psicoses ou
outros distúrbios psiquiátricos caracterizados
por agitação e perda da razão.
16Antipsicóticos - histórico
- 1930 - efeitos anti-histamínico e sedativo da
prometazina - 1940 - prometazina - tratar agitação de pacientes
psiquiátricos - 1949 - 1950 - Charpentier - clorpromazina
- Laborit cols - clorpromazina - potencializa
efeito anestésico, diminui alerta e motilidade,
produz sedação - hibernação artificial - 1951 - Paraore Sigwald - clopromazina para
tratamento de doenças psiquiátricas - 1952 Delay Deniker - efeito antipsicótico da
clorpromazina
17CLASSIFICAÇÃO Antipsicóticos Típicos
- FENOTIAZÍNICOS
- alifáticos clorpromazina, trifluorpromazina
- piperazínicos flufenazina,trifluperazina,
perfenazina - piperidínicos tioridazina, mesoridazida
- BUTIROFENONAS haloperidol, droperidol
- TIOXANTENOS clorprotixeno tiotixeno
- INDOLONA molindona
- DIFENILBUTILPIPERIDINA - pimozida
18CÓRTEX
NÚCLEO ACUMBENS
LIMBICO
ESTRIATO
FRONTAL
ÁREA TEGMENTAr VENTRAL
NÚCLEO ARCUATO
TUBÉRCULO OLFATIVO
EMINÊNCIA MÉDIA
19Farmacodinâmica
- Receptores Bloqueados
- D1 D2 ?
5HT2A H1 Musc - Fenotiazínicos
- Alifáticos (Clorpromazina)
- Piperazínicos (Flufenazina)
- Piperidínicos (Tioridazina) -
- Butirofenonas (Haloperidol) /- /-
- Tioxantinas (Clorprotixene)
20Receptores dopaminérgicos
Receptores D1 - subtipos D1 e D5 Receptores
D2 - subtipos D2, D3 e D4
21Receptores D1 e D5
AC
as
AMPc
Fosforilação de vários substratos
PKA
Transcrição gênica
PO3
PO3
CREB
DNA
22Receptores D2, D3 e D4
AC
-
ai/o
K
AMPc
Fosforilação de vários substratos
PKA
Transcrição gênica
PO3
PO3
CREB
DNA
23Potência clínica correlaciona-se com a afinidade
pelos receptores dopaminérgicos do subtipo D2
24D2 Dopamine receptors
25Antipsicóticos Atípicos
- clozapina
- risperidona
- quetiapina
- olanzepina
- ziprazidona
- sertindol
26Antipsicóticos Atípicos
Antagonistas dos receptores - serotoninérgicos
5-HT2A - dopaminérgicos D1 e D2 - colinérgicos
muscarínicos - adrenérgicos alfa1 e alfa2 -
histaminérgico H1
Efeito antipsicótico baixa relação
Afinidade D2
Afinidade 5-HT2A
27Receptor 5-HT2A
DAG
PCL
PIP2
Gq
IP3
Retículo endoplasmático
.
.
.
Ca 2
.
.
.
.
PKC
fosforilação
CaMK
calmodulina
fosforilação
28Antipsicóticos Atípicos
- menor risco de efeitos neurológicos
- melhor eficácia em relação aos sintomas negativos
- eficaz em pacientes que não respondem aos típicos
29Farmacocinética
- Absorção
- alguns antipsicóticos - absorção errática
- administração intra-muscular
- distribuição
- lipossolibilidade
- ligação às proteína plasmáticas
30Farmacocinética
- Biotransformação
- processos oxidativos no sistema P450
- olanzepina - CYP1A2
- fenotiazinas - CYP2D6
- risperidona - CYP2D6
- quetiapina - CYP3A4
- conjugação
- Excreção
- renal e biliar
31Farmacocinética
- T1/2 20 - 40 horas
- administração intra-muscular de formas de
liberação lenta - aumenta o T1/2 - flufenazina oral - T1/2 20 horas
- forma de liberação lenta - T1/2 7 - 10 dias
32Efeitos adversos
33Efeitos neurológicos
- Distonia aguda
- sintomas - espasmos musculares - face, pescoço,
língua, costas, crises oculogíricas - risco máximo - 1 - 5 dias
- tratamento - fármacos anti-parkinsonianos
34Efeitos neurológicos
- Acatisia
- sintomas - sensação subjetiva de aflição e
desconforto, necessidade de ficar em movimento - risco máximo - 5 - 60 dias
- tratamento
- redução da dose
- anti-parkinsonianos, benzodiazepínicos e
propranolol
35Efeitos neurológicos
- Parkinsonismo
- sintomas - acinesia, rigidez muscular, máscara
facial, marcha arrastada - risco máximo - 5 - 30 dias
- incidência - 15 dos pacientes
- tratamento
- ajuste da dose
- fármacos anti-parinsonianos
36Efeitos neurológicos
- Síndrome neuroléptica maligna (10 mortalidade)
- sintomas - catatonia, estupor, febre, pressão
arterial instável, aumento da creatinina quinase - tratamento
- suspender o fármaco
- tratmento de suporte
- dantrolene e bromocriptina
37Efeitos neurológicos
- Tremor perioral
- variante tardia do parkinsonismo
- tratamento
- fármacos anti-parkinsonianos
38Efeitos neurológicos
- Discinesia tardia
- prevalência - 15 - 35
- incidência anual - 3 - 5
- sintomas
- movimentos coreifórmes rápidos, involuntários e
repetitivos da face, olhos, boca, língua, tronco
e extremidades - atetose lenta
- posturas distônicas sustentadas
39Efeitos neurológicos
- Discinesia tardia
- prevenção
- utilizar a dose mínima
- tempo de tratamento adequado
- uso de atipicos
- tratamento
- suspensão do fármaco
- fármacos anti - parkinsonianos agravam
40Efeitos adversos
- amenorréia-galactorréia, infertilidade,
diminuição da libído e ginecomastia - aumento do apetite e obesidade
- boca sêca, perda da acomodação visual e
constipação - hipotensão ortostática, impotência, dificuldade
de ejaculação
41Efeitos adversos
- Discrasias sanguíneas
- clorpromazina
- leucopenia (110.000 pacientes)
- clozapina
- agranulocitose (1 - 2 dos pacientes)
- Icterícia
42Efeitos adversos
- Pele
- clorpromazina - urticária e dermatite (5 dos
pacientes) - fotossensibilidade
43USOS CLINICOS
- ESQUIZOFRENIA
- COMPORTAMENTO DE VIOLÊNCIA IMPULSIVA
- SÍNDROME DE TOURRETE (pimozida)
- DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO NA DEMÊNCIA SENIL
44USOS CLINICOS
- DOENÇA DE HUNTINGTON (coréia) - bloqueio dos
movimentos involuntários - CONTROLE DE NÁUSEAS E VÔMITOS
- TRATAMENTO DOS SOLUÇOS INCOERCÍVEIS
(clorpromazina) - PRÉ-MEDICAÇÃO CIRÚRGICA (BDZ são preferidos)
- NEUROLEPTOANALGESIA (droperidol fentanil)
45Perspectivas de desenvolvimento de novos fármacos
Intervenções farmacológicas na transmissão
glutamatérgica
46Receptor NMDA
Ca2
glutamato
Na
PCP
Mg2
glicina
47Perspectivas
48Perspectivas
- Ampacinas - moduladores positivos dos receptores
AMPA - CX516 X placebo (19 pacientes)
- melhora do desempenho em testes de atenção e
memória (Goff et al, J.Clin. Psychopharmacol.,
2001)
49Bibliografia
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therapeutic implications. Biol. Psychiatry, v.
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