Title: GOVERNAN
1CONSELHO DELIBERATIVO DO SISTEMA SEBRAE NO
CONTEXTO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA Encontros
Regionais do Presidente do CDN com Presidentes e
Conselheiros dos CDE
GOVERNANÇA CORPORATIVA Profa. Elismar Álvares da
Silva Campos 2009
2O QUE É GOVERNANÇA CORPORATIVA?
SISTEMA DE RELAÇÕES
PROTEÇÃO DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES
ESTRUTURA E EQUILÍBRIO DE PODER
3GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO
- Sistema, estruturas e processos para dirigir e
controlar corporações e prestar contas a respeito
delas. - As regras e as melhores práticas de governança
que definem os papéis, as responsabilidades, os
processos e as estruturas promovem o equilíbrio
de poder entre as partes que têm o controle da
empresa e aqueles que têm interesse nela.
4GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO
- Garante a distribuição de direitos e
responsabilidades entre os diferentes
participantes da corporação, além de definir
regras e procedimentos para as tomadas de
decisão. - Fonte OCDE. Adaptação.
5GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO
- Governança corporativa é o sistema pelo qual as
sociedades são dirigidas e monitoradas,
envolvendo os relacionamentos entre acionistas,
conselho de administração, diretoria, auditoria
independente e conselho fiscal. O objetivo das
práticas de governança corporativa é criar e
operacionalizar um conjunto de mecanismos que
visam a fazer com que as decisões sejam tomadas
de forma a se otimizar o desempenho de longo
prazo das empresas.
6GERAR SIGNIFICADO
- Pode-se convencer uma empresa a adotar boas
práticas de governança pelos benefícios que elas
trazem à organização, mas mudar o jeito de ser
das pessoas é bem mais difícil. Elas só mudam
quando veem nisso um profundo significado
pessoal. ... a primeira transformação acontece
no indivíduo e no exercício de seu poder .... - Sandra Guerra
7A boa governança está calcada em princípios que
inspiram e norteiam o funcionamento das
organizações e lhes propiciam maior
credibilidade. É fundamental a adoção de
princípios sólidos e consagrados para a
integração com os mercados e as comunidades em
que atuam.
8A BOA GOVERNANÇA
- Os princípios de governança são fundamentalmente
os mesmos para todas as empresas. Existe espaço
para customização às circunstâncias específicas
de cada organização. - O compromisso dos administradores, conselhos e
acionistas é condição sine qua non para um
programa de aprimoramento de governança. - Para ser bem-sucedido, um programa de governança
precisa ser comunicado efetivamente a todos os
stakeholders, com o compromisso inabalável dos
administradores. Vender credibilidade é
essencial.
Fonte Global Governance Corporate Forum (2006)
9ORIGENS E EVOLUÇÃO DA GOVERNANÇA
- Separação entre propriedade e gestão
Não-disposição de financiadores para
disponibilizar mais recurso, sem a contrapartida
do direito de voz proporcional aos investimentos.
- Distinção entre poder sobre a empresa (gestores)
e direitos sobre a mesma (proprietários).
- Dispersão da propriedade compartilhada o
conflito de agência
A gestão privilegia seus próprios Interesses em
detrimento dos interesses dos acionistas.
- Emergência dos investidores institucionais e dos
códigos de melhores práticas
- Importante mecanismo de controle externo
Financiadores. - Países com alto nível de investimentos
institucionais impactam as práticas de governança.
Acionistas insatisfeitos, busca de compensação
por meio de exigência de melhores práticas.
10Governo
Instituições financiadoras
Instituidores
Relações empresariais e stakeholders
Acionistas
Órgãos reguladores
Clientes
Sindicatos
Fornecedores
Colaboradores
Desenvol. da comunidade Geração de emprego
Sociedade
Meio ambiente
Parceiros Institucionais
11Stakeholders são todas as pessoas ou grupos que
têm ou reivindicam propriedade, direito ou
interesse em uma corporação e em suas atividades
passadas, presentes e futuras.
12Transparência
Pilares da governança Princípios e Valores
Conformidade
Eqüidade
Prestação de Contas
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA
ÉTICA
13TRANSPARÊNCIA (DISCLOSURE)
Mais do que a obrigação de informar, a
administração deve cultivar o desejo de
informar, sabendo que da boa comunicação,
resulta um clima de confiança, tanto internamente
quanto nas relações de empresas com terceiros. A
imagem e a reputação da empresa estão intimamente
ligadas à maneira como ela se relaciona com os
diversos públicos estratégicos.
14EQUIDADE (FAIRNESS)
Caracteriza-se pelo tratamento justo e
igualitário de todas as partes interessadas
(stakeholders), como colaboradores, clientes,
fornecedores ou credores. Atitudes ou políticas
incriminatórias, sob qualquer pretexto, são
inaceitáveis.
15PRESTAÇÃO DE CONTAS (ACCOUNTABILITY)
Os agentes da governança corporativa devem
prestar contas de sua atuação a quem os elegeu,
respondendo integralmente por todos os atos que
praticarem no exercício dos mandatos. A prestação
de contas é inerente a quem administra recursos
de terceiros.
16CONFORMIDADE (COMPLIANCE)
Conformidade no cumprimento de normas legais
expressas nos estatutos sociais, nos regimentos
internos e nas instituições reguladoras.
17RESPONSABILIDADE CORPORATIVA
Conselheiros e executivos devem zelar pela
perenidade das organizações e, portanto, devem
incorporar considerações sociais e ambientais na
definição dos negócios e nas operações das
organizações. Responsabilidade corporativa não é
nem filantropia nem cega obediência à lei. A
função social da empresa deve incluir a criação
de oportunidades de emprego, qualificado e da
força de trabalho, estímulo ao desenvolvimento
científico, garantia de direitos humanos,
liberdade de associação e comércio justo, dentre
outras formas de criação de riquezas para a
sociedade.
18NÚCLEO CENTRAL DE GOVERNANÇA
Acionistas
Instituidores
Conselho de Administração
Conselho Deliberativo
Presidente
Presidente
Diretor Executivo
Diretoria Executiva
Diretoria Executiva
19ESTRUTURA DE GOVERNANÇA
Instituidores
Propriedade
Conselho Fiscal
Conselho Deliberativo
Comitê de Auditoria
Comitê de Auditoria ão
CEO Diretoria
Auditoria Independente
Fornecedores Clientes Empregados Governo Comunidad
e Ambientalistas
Escolhe / presta contasInformações Relação ativa
Partes Interessadas
Fonte Celso Giaconetti
20GOVERNANÇA RELACIONAMENTOS
Conselho Fiscal
Assembléia
Conselho Deliberativo
Comitê de Novos Negócios
Comitê de Governança
Comitê de Estratégia
Comitê de Auditoria
Comitê de Risco
Auditoria Independente
Auditoria Interna
Gestão Executiva
21PAPÉIS E RESPONSABILIDADES
Conselho
Cabe ao Conselho definir as políticas e
diretrizes, a avaliação e aprovação dos planos de
negócios e o monitoramento do desempenho da
empresa, prestando contas e orientando a
diretoria. O Conselho é órgão de deliberação
colegiada. O Conselho é um dos principais
alicerces do sistema de Governança e deve zelar
pela observância dos valores, das crenças e dos
propósitos da instituição, sempre subordinando a
sua decisão aos interesses da organização.
22PAPÉIS E RESPONSABILIDADES DO CONSELHO
- 1. Homologação e Monitoramento da Estratégia
- Diretrizes Empresariais
- Posicionamento Estratégico e Proposta de Valor
- Mapa Estratégico Objetivos, Metas e Iniciativas
- Acompanhamento de Projetos Estruturantes
- 2. Homologação e Monitoramento da Performance
- Orçamento Econômico, Físico e Financeiro
- Programa Anual de Investimentos
- Demonstrativo Mensal dos Resultados
Econômicos/Financeiros - Demonstrativo Mensal dos Indicadores de
Desempenho
23PAPÉIS E RESPONSABILIDADES DO CONSELHO
- 3. Garantir a Qualidade da Gestão
- Prioridades e Objetivos Anuais do Presidente
- Remuneração do Presidente e da Direção Executiva
- Avaliação do Desempenho do Presidente
- Planejamento de Sucessão
- Desenvolvimento do Modelo de Gestão
- Avaliação de Áreas Funcionais
- Projetos de Reestruturação Organizacional
24PAPÉIS E RESPONSABILIDADES DO CONSELHO
- 4. Zelar pelos Valores, Imagem e Reputação
- Conformidades Legais e Estatutárias
- Relações com Stakeholders
- Iniciativas de Responsabilidade Corporativa
- Iniciativas de Sustentabilidade e Meio Ambiente
- Prática dos Valores e Código de Conduta
Material preparado e de responsabilidade da
professora Elismar Álvares da Silva Campos
25PAPÉIS E RESPONSABILIDADES DO CONSELHO
- 5. Gestão de Riscos
- Diretrizes para Mapeamento e Gestão de Riscos
- Reporte da Auditoria Independente Externa
- Mapeamento e Monitoramento da Mitigação de
Riscos Trabalhistas, Fiscais, Ambientais,
Operacionais, Financeiros e Regulatórios - 6. Relações Institucionais
- Relatório Anual
- Comunicações de Fatos Relevantes
- Alterações no Estatuto Social
26PAPÉIS E RESPONSABILIDADES DO CONSELHO
- 7. Eficácia e Funcionamento Interno
- Leitura e Aprovação das Atas
- Avaliação das Reuniões
- Avaliação do Conselho
- Reflexões Internas do Conselho
- Deliberações Gerais e Orientações para o
Presidente - Aprovação do Orçamento Anual do CD
27CONSELHO
- Aspectos importantes que envolvem a formação de
um Conselho - A soma dos conhecimentos e experiências dos
membros do Conselho deve corresponder ao contexto
dos negócios e à estratégia da empresa. - O Conselho necessita de informações abrangentes,
claras e concisas para fundamentar as análises e
decisões. - A capacitação e o comprometimento dos
conselheiros lhes confere autoridade necessária
para exercer influência na implementação das
decisões da gestão. - Para tomar decisões eficazes, os conselheiros
precisam se reunir com tempo suficiente, serem
organizados, dedicados a discussões substanciais
e à tomada de decisões.
28PRESSUPOSTOS EFETIVIDADE DO CD
ESTRUTURAÇÃO
ATRIBUTOS
ADOÇÃO MELHORES PRÁTICAS
COMPLEMENTARIEDADE
29PRESSUPOSTOS EFETIVIDADE DO CD ESTRUTURAÇÃO
- Competências certas.
- Foco na criação de valor.
- Independência.
- Alinhamento em torno de interesse comum.
- Foco em construir o futuro.
- Monitoramento ativo.
- Manutenção de equilíbrio entre as
responsabilidades - Dar as diretrizes.
- Monitorar e avaliar.
- Decidir.
- Aconselhar/orientar.
- Pauta certa e informações certas.
30PRESSUPOSTOS EFETIVIDADE DO CD ATRIBUTOS
- Envolvimento construtivo.
- Dedicação e Compromisso.
- Preparo para as reuniões.
- Foco em questões relevantes.
- Inspirar confiança.
- Experiência consistente.
- Conhecimento da cadeia de negócio.
- Conhecimento avançado em gestão
- Isenção, julgamentos imparciais e independência.
- Ausência de conflito de interesses.
- Alinhamento quanto a princípios e valores.
31PRESSUPOSTOS EFETIVIDADE DO CD ATRIBUTOS
ENVOLVIMENTO CONSTRUTIVO Tempo dedicado à
função, compromisso com a corporação e foco em
resultados
INTEGRIDADE História de vida e postura ética
retidão como padrão de referência
COMPETÊNCIA Inspira e transmite segurança
vivência em negócios e gestão.
Fonte ANDRADE, Adriana ROSSETTI, José Paschoal.
Governança Corporativa Fundamentos,
Desenvolvimento e Tendências 4ª Ed. Atlas P.
289.
32PRESSUPOSTOS EFETIVIDADE DO CD COMPLEMENTARIDADE
33MELHORES PRÁTICAS CONSELHO (PESQUISA
FOTOGRAFIA CONSELHOS NO PAÍS)
Número de Conselheiros Deve variar de 5 a 9 membros, dependendo do perfil do negócio.
Número de Conselheiros Independentes Deve corresponder a, no mínimo, 50 do total de conselheiros.
Qualificação Formação e experiência diversificadas e complementares compatíveis com a natureza do negócio.
34MELHORES PRÁTICAS CONSELHO (PESQUISA
FOTOGRAFIA CONSELHOS NO PAÍS)
Participação de Diretor como membro do Conselho O Presidente da empresa e/ou diretores não devem fazer parte do Conselho. O Presidente é convidado permanente do Conselho É importante que parte da reunião seja privada, só com os membros do Conselho.
Distinção de papéis Presidente do Conselho e Presidente da empresa Papéis distintos e claramente definidos.
Material preparado e de responsabilidade da
professora Elismar Álvares da Silva Campos
35MELHORES PRÁTICAS CONSELHO
Mandatos De 1 ou 2 anos, sem renovação automática. Há critérios de renovação. Ideal tomar como referência resultados de avaliação dos conselheiros.
36MELHORES PRÁTICAS CONSELHO
Agenda Anuale Pauta das Reuniões O Conselho deve operar com base em uma agenda anual de reuniões. Deve possuir um controle anual de pontos a serem discutidos. As pautas são preparadas pelo Presidente do Conselho e ajustadas com os conselheiros e CEO.
Decisões A maioria das decisões são tomadas por consenso. Muito raramente se recorre à votação. (1 pessoa 1 voto).
37MELHORES PRÁTICAS CONSELHO
Periodicidade Depende da complexidade, dinâmica e estágio do negócio. Recomenda-se no mínimo bimestral. Quando a freqüência é superior à mensal, corre-se o risco de o Conselho interferir na operação.
Documentação/ Informações Informações certas e entregues com tempo suficiente para a preparação para as reuniões (mínimo 5 dias).
Material preparado e de responsabilidade da
professora Elismar Álvares da Silva Campos
38MELHORES PRÁTICAS COMITÊS (DO CONSELHO)
Objetivos Os comitês existem para facilitar e criar maior agilidade no trabalho do Conselho de Administração. Têm um importante papel de apoio e desempenham suas funções por meio da análise aprofundada dos assuntos objeto de seu escopo de atuação, submetendo suas conclusões ao Conselho, a quem cabe a decisão final. Assim sendo, os comitês não têm autoridade para tomar decisões, mas para recomendar cenários e opções e, quando for o caso, o curso de ação.
39MELHORES PRÁTICAS COMITÊS (DO CONSELHO)
Estrutura dos Comitês Participação permitida somente a membros do Conselho. A maioria dos membros deve ser independente. Perfil dos membros dos comitês É conveniente que, dentro da diversidade configurada do Conselho, os membros dos comitês exerçam inicialmente suas funções dentro de suas áreas de especialização. Caráter permanente Os comitês são formados em caráter permanente. Tamanho de cada comitê Deve ser compatível com o tamanho do próprio Conselho, evitando-se a criação de diversos comitês quando a própria estrutura do Conselho não os comporta. Recomendável em número de 5.
40MELHORES PRÁTICAS COMITÊS (DO CONSELHO)
Composição Para contornar potenciais conflitos e exercício independente de julgamento, deve ser evitada a inclusão de integrantes da direção executiva como membros efetivos de comitês. Membros da direção executiva devem ser sempre convidados a participar das reuniões dos comitês para apresentação de assuntos específicos ou prestar esclarecimentos. Os comitês poderão convidar ou contratar especialistas para opiniões independentes em assuntos objeto de controvérsia.
41MELHORES PRÁTICAS COMITÊS (DO CONSELHO)
Mandatos Os membros dos comitês devem ser nomeados pelo Conselho. Os mandatos devem ser coincidentes com mandatos do Conselho. O Conselho pode definir quem é o coordenador do comitê ou delegar ao próprio comitê que indique o seu coordenador.
É recomendável a rotação periódica dos membros dos comitês, para possibilitar a diversificação de conhecimento sobre a empresa e suas atividades.
Orçamento Orçamento próprio, para que os membros do comitê possam participar de cursos e seminários de atualização profissional, contratação de especialistas, consultores, etc.
42DISFUNCIONALIDADES DOS CONSELHOS
Características / Composição
Disfunções
Conseqüências
- Conselho composto por um conjunto de pessoas com
fortes interesses individuais.
- Surgimento de conflitos insolúveis, fortalecendo
posições individuais e de antagonismo. - O Conselho passa a não ser convocado ou são
levados ao Conselho temas irrelevantes, não
conflitivos. - Interesses pessoais sobrepõem aos da empresa.
- Incapacidade de formular consenso.
Conselho dividido
43DISFUNCIONALIDADES DOS CONSELHOS
Características / Composição
Disfunções
Conseqüências
- Desconhecimento dos negócios e de seu ambiente.
- O Conselho reúne-se, toma decisões, porém se
equivoca nas mesmas. - Despreparo para as reuniões.
- Conselheiros nomeados por relações de amizade, de
confiança pessoal ou pela utilidade para uma
situação particular (legal, fiscal, prestígio
pessoal, aporte de imagem e não do tempo).
Conselho despreparado
44DISFUNCIONALIDADES DOS CONSELHOS
Características / Composição
Conseqüências
Disfunções
- São reativos, e não proativos.
- As decisões estão orientadas para resolver
problemas existentes. - Visão de curto prazo, sem abrangência.
- Pessoas com visão de curto prazo, focadas no
dia-a-dia. Não enxergam a empresa no seu conjunto
e não interpretam o contexto.
Conselho local
45DISFUNCIONALIDADES DOS CONSELHOS
Características / Composição
Disfunções
Conseqüências
- Pouco contributivo, cumpre papel legal e de
aprovação de contas. - Concentração de poder no presidente da empresa.
- Cadeiras ocupadas por pessoas com função
fiscalizatória.
Conselho legista
46DISFUNCIONALIDADES DOS CONSELHOS
Características / Composição
Disfunções
Conseqüências
- Decisões não são tomadas.
- O trabalho do Conselho não é reconhecido e não
aporta valor. - Desmotivação dos executivos por não contar com
contribuições. - Não dedicam tempo à empresa e ignoram suas
responsabilidades.
- Pessoas que são conselheiras de um grande número
de empresas. - A atividade de conselheiro é secundária, há
outras atividades prioritárias.
Conselho não dedicado
47DISFUNCIONALIDADES DOS CONSELHOS
Características / Composição
Disfunções
Conseqüências
- Os conselheiros apóiam-se mutuamente por terem
relações de interesse fora da empresa, e a
manutenção do relacionamento fora é mais forte
que a relação com a empresa.
- Constituído por conselheiros com forte
interdependência entre eles.
Conselhos (não) independentes
48CONSEQÜÊNCIAS GERAIS DAS DISFUNCIONALIDADES
Perda de credibilidade dos Conselhos perante
acionistas, comunidade financeira, imprensa e
sociedade.
49CLASSE DE CONSELHEIROS
- Independentes
- Externos
- Internos
50CONSELHEIRO INDEPENDENTE
- Caracteriza-se por
- não ter qualquer vínculo com a Companhia
- não ser acionista Controlador, cônjuge ou parente
até segundo grau daquele, ou não ser ou não ter
sido, nos últimos três anos, vinculado a
sociedade ou entidade relacionada ao Acionista
Controlador - não ter sido, nos últimos três anos, empregado ou
diretor da Companhia, ou de sociedade controlada
pela Companhia - Referência Novo Mercado BOVESPA
51CONSELHEIRO INDEPENDENTE
- Caracteriza-se por
- não ser fornecedor ou comprador, direto ou
indireto, de serviços e/ou produtos da Companhia,
em magnitude que implique perda de independência - não ser funcionário ou administrador de sociedade
ou entidade que esteja oferecendo ou demandando
serviços e/ou produtos à companhia - não receber outra remuneração da companhia além
da de conselheiro (proventos em dinheiro oriundos
de participação no capital estão excluídos dessa
restrição). - Referência Novo Mercado BOVESPA
Material preparado e de responsabilidade da
professora Elismar Álvares da Silva Campos
52CONSELHEIRO INDEPENDENTE
- Independência é uma questão de modelo mental.
- O Conselheiro deve manter independência de
qualquer parte relacionada que o tenha indicado.
Agir com isenção e independência, ciente de que
seu dever é atender os interesses da empresa e
dos Stakeholders em geral.
53CONSELHEIRO EXTERNO
- Conselheiros que não têm vínculo atual com a
sociedade, mas não são independentes. - Ex-diretores e ex-funcionários.
- Advogados que prestam serviços à empresa.
- Acionistas ou funcionário do grupo controlador.
- Parentes próximos de diretores.
- Instituidores
54O QUE NÃO É GOVERNANÇA CORPORATIVA?
- Misturar o patrimônio pessoal com o da empresa
(ex. pagamento de contas pessoais pela empresa). - Fazer empréstimos em favor do controlador ou
partes relacionadas. - Não possuir membros independentes no conselho de
administração. - Emitir ações sem direito a voto.
- Não garantir igualdade de direitos aos
minoritários. - Não aderir à câmara de arbitragem.
55O QUE NÃO É GOVERNANÇA CORPORATIVA?
- Não informar a remuneração da administração e
conselho. - Funções de CEO e presidente do conselho
desempenhadas pela mesma pessoa. - Não avaliação do desempenho do CEO e conselho.
- Não possuir plano de sucessão.
- Participação de diretores e CEO em todas as
reuniões do conselho. - Não haver reuniões separadas apenas para membros
independentes. - Não existência de comitês (ex. auditoria,
pessoal, ética, etc.).
56O QUE NÃO É GOVERNANÇA CORPORATIVA?
- Não identificação dos principais riscos e adoção
de medidas para mitigação dos riscos
identificados. - Apresentar ressalva nos pareceres dos auditores
independentes. - Não possuir código de conduta/ética.
- Prestação de outros serviços pela auditoria
externa, além de auditoria. - Não informar as práticas de governança
corporativas adotadas pela empresa. - Não divulgar informações de forma transparente e
equânime, não prestar contas e não cumprir a
legislação.
Ref. Programa Conselheiros FDC Silvio Guerra.
57A GOVERNANÇA É PARTE DO SEU NEGÓCIO
- Crescimento econômico e governança são temas
correlatos.
Confiança e credibilidade
Alavancagem de recursos para viabilização da sua
estratégia e crescimento
O peso da Governança no processo de decisão de
investimentos cresce no mundo inteiro.
58GOVERNANÇA é uma jornada, e não um destino.
NÚCLEO CCR DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
59BIBLIOGRAFIA
ÁLVARES, Elismar GIACOMETTI, Celso GUSSO,
Eduardo. Governança corporativa um modelo
brasileiro. Rio de Janeiro Elsevier, 2008.