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Title: Florestan Fernandes A Revolu o Burguesa no Brasil: ensaio de interpreta o sociol gica(1975) Author: Clovis Souza Last modified by – PowerPoint PPT presentation

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Title: Centro Universit


1
Noção de burguês e a de burguesia
  • Para alguns, o burguês e a burguesia teriam
    surgido e florescido com a implantação e a
    expansão da grande lavoura, como se o senhor de
    engenho pudesse preencher, de fato, os papéis e
    as funções socieconômicas da Metrópole e da
    economia mercantil européia, o fluxo de suas
    atividades socioeconômicas. Para outros, ambos
    não teriam jamais existido no Brasil, como se
    depreende de uma viagem em que não aparece nem o
    Castelo nem o Burgo, evidências que sugeririam,
    de imediato, ter nascido o Brasil (como os
    Estados Unidos e outras nações da América) fora e
    acima dos marcos histórico-culturais do mundo
    social europeu. Os dois procedimentos parecem-nos
    impróprios e extravagantes. De um lado, porque
    não se pode associar, legitimamente, o senhor de
    engenho ao burguês(nem a aristocracia
    agrária à burguesia. De um lado, porque não se
    pode associar, legitimamente, o senhor de engenho
    ao burguês(nem a aristocracia agrária à
    burguesia.p.32(FERNANDES,200632)

2
Não tivemos o feudalismo, não tivemos o burgo
característico do mundo medieval.
  • O burguês já surge, no Brasil, como uma
    entidade especializada, seja na figura do agente
    artesanal inserido na rede de mercantilização da
    produção interna, seja como negociante (não
    importando muito seu gênero de negócios se
    vendia mercadorias importadas, especulava com
    valores ou com o próprio dinheiro as gradações
    possuíam significação apenas com o código de
    honra e para a etiqueta das relações sociais e
    nada impedia que o usuário, embora malquisto e
    tido como encarnação nefasta do burguês
    mesquinho, fosse um mal terrivelmente
    necessário). Pela própria dinâmica da economia
    colonial, as duas florações do burguês
    permaneceriam sufocadas, enquanto o escravismo, a
    grande lavoura exportadora e o estatuto colonial
    estiveram conjugados. (FERNANDES,2006 34)

3
espírito revolucionário
  • mesmo manifestando-se dessa forma, ele teve um
    alcance criador, pois deixou o palco livre para
    um novo estilo de ação econômica a partir daí,
    seria possível construir impérios econômicos e
    abrir caminho para o grande homem de negócios
    ou para o capitão de industria, figuras
    inviáveis no passado recente (como o atesta o
    infortúnio de Mauá). (FERNANDES,200636)
  • 2 tipos de burguês
  • O que combina poupança e avidez de lucro à
    propensão de converter a acumulação de riqueza em
    fonte de independência e de poder
  • O que encara a capacidade de inovação e o
    talento organizador
  • Burguês e burguesia como categorias
    histórico-sociais (análise macrossociológica) do
    desenvolvimento do capitalismo no Brasil

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Existe ou não uma Revolução Burguesa no Brasil?
  • Portanto, ao se apelar para a noção de
    Revolução Burguesa, não se pretende explicar o
    presente do Brasil pelo passado de povos
    europeus. Indagar-se, porém, quais foram e como
    se manifestaram as condições e os fatores
    histórico-sociais que explicam como e por que se
    rompeu, no Brasil, com o imobilismo da ordem
    tradicionalista e se organizou a modernização
    como processo social. (FERNANDES,200637)

5
Revolução no Brasil como um fenômeno estrutural
  • ela se desenvolve e se desenrola através de
    opções e de comportamentos coletivos, mais ou
    menos conscientes e inteligentes, através dos
    quais as diversas situações de interesse da
    burguesia, em formação e em expansão no Brasil,
    deram origem a novas formas de organização do
    poder em três níveis concomitantes da economia,
    da sociedade e do Estado.(FERNANDES,200638)
  • Revolução social foi diluída e débil

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Sociedade Nacional
  • Uma nação não aparece e se completa de uma hora
    para outra. Ela se constitui lentamente, por
    vezes sob convulsões profundas, numa trajetória
    de ziguezague. Isso sucedeu no Brasil, mas de
    maneira a converter essa transição, do ponto de
    vista econômico, no período de consolidação do
    capitalismo. Esse processo abrange duas fases 1)
    a ruptura da homogeneidade da aristocracia
    agrária 2) o aparecimento de novos tipos de
    agentes econômicos, sob a pressão da divisão do
    trabalho em escala local, regional ou nacional.
    (FERNANDES,200644-45)

7
Emancipação
  • O processo de diferenciação dos interesses entre
    colônia e metrópole- do qual surgira o espírito
    nativista e a adesão ao liberalismo dos homens
    que realizaram a Independência- teria importado
    uma forma particular de internalização da
    ideologia liberal, em que esta viria a expressar
    mais o anseios de emancipação dos estamentos
    senhoriais da tutela colonial do que os de
    emancipação nacional(VIANA, 199 181)

8
espírito burguês
  • Esses tipos de homens, malgrado sua variedade
    e heterogeneidade, impulsionaram silenciosamente,
    na trilha de seus êxitos e fracassos, a revolução
    que pôs em xeque os hábitos, as instituições e as
    estruturas sociais persistentes da sociedade
    colonial.p.46
  • Para plena instauração da ordem social
    competitiva
  • Condições econômicas
  • Condições jurídicas
  • Condições políticas

9
  • antigo regime Não era a sociedade nacional em
    si mesma, nascida da Independência. Mas, a
    sociedade nacional que, apesar da Independência,
    manteve-se (por causa da escravidão e da
    dominação patrimonialista), esclerosada por
    componentes do mundo colonial que subsistiam,
    independentemente, com renovada vitalidade.
    Contra o antigo regime, assim percebido e
    concebido, o espírito burguês era espontâneo e
    substancialmente revolucionário.(FERNANDES,20064
    7)

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Mudança lenta e gradual
  • ao provocar a eclosão de um mercado propriamente
    capitalista, embora com formas e funções
    limitadas, a mudança de relação com o mercado
    mundial forçou a ordem social escravocrata e
    senhorial a alimentar um tipo de crescimento
    econômico que transcendia e negava as estruturas
    econômicas preexistentes. Não obstante, o
    crescimento econômico desencadeado a partir de
    tal mudança teve de desenrolar-se, a curto e
    médio prazos, dentro dos quadros sociais daquela
    ordem. Aqui não sucedeu algo parecido com o que
    ocorreu nos Estados Unidos. (FERNANDES,2006210-
    211)
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