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Slide sem t

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Title: Slide sem t tulo Author: Maria Aurea B. Cecato Last modified by: Francisco Created Date: 8/8/2000 12:46:46 AM Document presentation format – PowerPoint PPT presentation

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Title: Slide sem t


1
Impactos Sanitários dos Campos Eletromagnéticos
não Ionizantes e a Necessidade de Adotar-se o
Princípio da Precaução
Francisco de Assis F. Tejo, D.Sc
(UAEE-CEEI-UFCG)

Seminário sobre Radiações não Ionizantes, a Saúde
e o Ambiente Ministério Público do
RS Universidade Federal do Rio Grande do
Sul Departamento de Engenharia Elétrica Porto
Alegre, RS, 18 e19 de maio de 2009
2
Premissa
  • As opiniões e conclusões apresentadas nesta
    palestra refletem,
  • tão somente, a pesquisa idependente do autor
    sobre o tema.
  • O material aqui apresentado representa conclusões
    baseadas em
  • evidências extraídas da literatura científica e
    em opiniões do au-
  • tor, apenas, não refletindo, necessariamente a
    posição da Uni-
  • versidade Federal de Campina Grande.

3
Preâmbulo
  • Durante o século passado a eletricidade tornou-se
    a força propul-
  • sora da civilização, apesar de todo o mistério
    que ainda envolve
  • essa forma de energia. Não se sabe, exatamente,
    até que ponto os
  • processos biológicos são influenciados pelos
    campos eletromag-
  • néticos que emanam, virtualmente, de qualquer
    aparato elétrico
  • e interagem, especialmente com o cérebro um
    órgão elétrico
  • por excelência, extraordinariamente complexo e
    sensível em
  • decorrência da exposição prolongada a esses
    campos.

4
A Natureza dos campos EM (1)
Campo elétrico Relações Campo
magnético E ou D
Constitutivas H ou B
H
E
E
E
Equações de Maxwell
H
k
5
Natureza dos campos EM (2)
  • Um fio condutor percorrido
  • por uma corrente elétrica I
  • gera, em torno dêle, um cam-
  • po elétrico radial (E) e um
  • campo magnético envolvente
  • (H).
  • O campo E sai de cargas po-
  • sitivas e entra em negativas.
  • O sentido do campo H é dado
  • pela regra da mão direita.
  • EV/m HA/m
  • IA

6
Campo elétrico apenas
Ao conectarmos o abajur à tomada, aplicamos uma
voltagem de 220 V entre a tomada e os terminais
da lâmpada, gerando apenas um cam- po elétrico E
radial, em torno dos condutores. A unidade de
voltagem ou diferen- ça de potencial é o Volt
(V). A unidade de campo elétrico é o Volt/metro
(V/m).
7
Campo elétrico e campo magnético
Quando ligamos o interruptor do abajur, a tensão
aplicada faz com que circule uma cor- ente
através da lâmpada. Essa corrente cria um campo
mag- nético H em torno dos condu- tores, além do
campo E. A unidade de campo magné- tico é o
Ampère/metro (A/m).
8
Campos elétrico e magnético de LT de 60 Hz
  • Uma LT é uma linha aérea de al-
  • ta tensão, com níveis entre 220 e
  • 750 kV, dotadas, em geral, de 2
  • circuitos trifásicos e operando
  • em 50/60 Hz.
  • As figuras ao lado ilustram a dis-
  • tribuição de campo magnético e
  • elétrico, respectivamente, obti-
  • das por simulação computacio-
  • nal.

9
Campo magnético de LT de 60 Hz
A indução magnética B depende da corrente 700 lt
I lt 4000 A da desobstrução mínima de 7,6 m
para 400 kV e normalmente gt 8 m. O ponto de
máxima indução magnética ocorre, normalmente, na
metade do vão, no ponto mais baixo da
catenária. O limiar do IARC para associação fraca
entre B e leucemia infantil, é de 0,25 ?T ou 2,5
mG. Limites ICNIRP/ANEEL Ocupacional 416,67 ?T
ou 4166,7 mG ! Público 83,3 ?T ou 833
mG !
10
Exposição a campos de baixas freqüências
  • Campos elétricos e mag-
  • néticos de 60 Hz indu-
  • zem correntes elétricas
  • sutis em organismos vi-
  • vos. As linhas traceja-
  • das mostram as direções
  • das correntes induzidas,
  • paralelas ao campo E e
  • perpendiculares ao cam-
  • po H, respectivamente. (Levitt, 1995)

11
Histórico dos Padrões de Exposição Humana
  • 1953 US/Navy observa cataratas em cães expostos
    e
  • doenças em operadores de radar
    adota limite
  • ocupacional de 10.000 ?W/cm2.
  • 1958 USSR observa efeitos biológicos de baixas
    inten-
  • sidades em animais e no homem
    adota limite
  • ocupacional de 10 ?W/cm2.
  • 1966 ASA (atualmente ANSI) adota limite
    ocupacio-
  • nal de 10.000 ?W/cm2.
  • 1971 Projeto Pandora analisa problemas de saúde
    de
  • funcionários da embaixada americana
    em Mos-
  • cou, irradiados durante anos a 10-15
    ?W/cm2.
  • Governo mantém limite de 10.000
    ?W/cm2.

12
Histórico dos Padrões de Exposição Humana
  • 1976 ANSI reitera limite ocupacional de 10.000
    ?W/cm2.
  • 1977 Livro de P. Brodeur denuncia que as Forças
    Arma-
  • das americanas ocultam estudos, a
    fim de proteger
  • investimentos em radar.
  • 1979 USSR adota limite de 1 ?W/cm2 para o
    público em
  • geral.
  • 1982 ANSI adota limite ocupacional de 1000
    ?W/cm2.
  • 1985 FCC adota limite de 1000 ?W/cm2 para o
    públi-
  • co em geral.
  • 1986 NCRP adota limite de 200 ?W/cm2 para o
    públi-
  • co em geral.
  • 1992 ANSI adota limite de 200 ?W/cm2 para o
    públi-
  • co em geral.

13
Histórico dos Padrões de Exposição Humana
  • 1996 FCC adota limite de 200 ?W/cm2 para o
    público
  • em geral. Espera mudanças nos
    limites de expo-
  • sição no futuro.
  • 1998 ICNIRP publica suas diretrizes e adota
    limite
  • ocupacional de 5000 ?W/cm2 e de 1000
    ?W/cm2
  • para o público em geral.
  • 1999 ANATEL adota provisoriamente as diretrizes
  • da ICNIRP.
  • 2002 ANATEL incorpora as diretrizes da ICNIRP na
  • Resolução 303, em 02/07/2002, para a
    faixa de
  • 9 kHz 300 GHz.

14
Níveis de referência de campo elétrico Diretrizes
da ICNIRP
15
Níveis de referência de campo elétrico Resolução
303 da ANATEL (02/07/2002)
16
Parte I Campos e Radiações Eletromagnéticas
  • Regime
  • Conteúdo Energético
  • Origem

17
Introdução
  • A exposição prolongada de um sistema biológi-
  • co (corpo, órgão, tecido e célula) a CEMNIs,
    suscita considerações biomédicas relacionadas
    com os seguintes fatores
  • intermitência da exposição
  • periodicidade da exposição recorrente
  • exposição simultânea a múltiplos campos
  • idade no começo da exposição
  • considerações étnicas e geo-patológicas,
  • os quais podem determinar a susceptibilidade de
    um indivíduo ao agente ambiental considerado.

18
O Espectro Eletromagnético
Freqüência de um campo eletromagnético (EM)
variável no tempo, é o número de oscilações por
segundo. É medida em Hz (1 Hz 1 ciclo por
segundo).
  • Radiações ionizantes
  • UV,Raios X, Raios ? e radiação nuclear
  • 1016 - 1022 Hz (ou 300 - 0.0003 Å)
  • Radiações não-ionizantes
  • Luz visível 1014 - 1016 Hz (300 - 0.0003 Å)
  • MW 0,3 - 300 GHz (Celular, HDDTV)
  • VHF 30 - 300 MHz (rádio FM e TV)
  • HF 3 - 30 MHz
  • MF 300 - 3000 kHz
  • LF 30 - 300 kHz
  • VLF 3 - 30 kHz
  • VF 300 - 3000 Hz (voz)
  • ELF 30 - 300 Hz (transm./distr./industrial)

19
Radiação Ionizante x Não Ionizante
  • Uma radiação eletromagnética de fre-
  • qüência ?, tem associado com ela um
  • Fóton, de energia Wh? (eV), onde
  • h6.626 x 10-34 Js é a constante de Planck.
  • Microondas 300 MHz ? 300 GHz
  • 1.24 x 10-6 eV W 1.24 x 10-3 eV

Wh?
  • Energia de ionização Wef, onde f é o primeiro
    potencial
  • de ionização.
  • Carbono W 11,26 eV
  • Hidrogênio W 13,59 eV
  • Oxigênio W 13,62 eV
  • Nitrogênio W 14,53 eV
  • Limiar biológico 13.6 eV ?
    3,3x1015 Hz

  • ? 912 Å (UV)

20
Campos EMNI Naturais X Artificiais (1)
  • O ambiente EM terrestre natural não
  • inclui componentes significativas de
  • RF (30 kHz-300 MHz) nem MW
  • (300-3000 MHz).
  • Explosão das estações de difusão de
  • rádio e TV, redes rádio-telefônicas,
  • telefones sem fio e celulares produ-
  • ziu uma densidade de energia de RF
  • e MW, no ambiente, milhões de vezes
  • mais elevada do que os níveis natu-
  • rais (energia solar, tempestades, etc.).
  • Valor típico 1 ?W/cm2 (E4 V/m)
  • Situação gt 3 bilhões de celulares
  • no mundo, em 2008 e gt 120 milhões,
  • no Brasil, atualmente !
  • Número de celulares já é mais que
  • o dobro do de fixos!

ELF
MW
ELF
MW
ELF/MW
21
Parte II Mecanismos de Interação com Sistemas
Biológicos
  • Exposições agudas (altas intensidades e durações
    curtas)
  • Exposições crônicas (baixas intensidades e
    durações prolongadas)

22
Campos EMNI Naturais X Artificiais (2)
  • Tempo relativamente curto de exposição aos CEMs
    tecnológicos não desenvolvemos imunidade
    evolucionária, contra efeitos adversos diretos,
    nem contra interferências com processos EM
    naturais, tais como a Ressonância de Schumann.
    Polk, 1982, König, 1974
  • O cérebro dos mamíferos contém uma rede PLL
    capaz de detectar e reagir a sinais ELF Ahissar
    et al., 1997 e, portanto, se comporta como um
    receptor FM sintonizado. Motluk, 1997

Ressonância de Shumann EEG (estado
de alerta) típico, com diária típica.
superposição dos picos de
resso-
nância de Schumann.
23
Polarização Dielétrica (1)
  • Material dielétrico armazena/dissipa energia
    elétrica, de-
  • vido ao deslocamento (polarização) de cargas
    positivas
  • e negativas, sob o efeito de um campo elétrico
    aplicado e
  • contra as forças de atração atômica e molecular.
  • A polarização, função do tipo de dielétrico e da
    freqüência
  • do campo aplicado, é classificada como
  • De carga espacial (ELF,VLF,LF) quando o
    material
  • contém eletrons livres, cujos deslocamentos são
    restringidos
  • por heterogeneidades. Com um campo elétrico
    aplicado,
  • eletrons se acumulam nas interfaces e a separação
    das cargas
  • resulta na polarização do material. Esta
    polarização é caracte-
  • rística dos materiais semicondutores, como os
    materiais
  • biológicos.

24
Polarização Dielétrica (2)
  • Dipolar ou rotacional (RF,MW) Caracteriza os
    materi-
  • ais polares, base dos efeitos térmicos. Os
    Padrões da
  • ANATEL/ICNIRP são estritamente baseados neste
    meca-
  • nismo (EFEITOS PURAMENTE TÉRMICOS).
  • Iônica (IR) ocorre nas freqüências do
    infra-vermelho, de-
  • vido à separação de íons positivos e negativos
    na molécula.
  • Eletrônica ocorre nas freqüências próximas da
    região UV,
  • devido à separação entre o núcleo atômico
    positivo (fixado
  • na matriz do dielétrico) e a nuvem eletrônica,
    a qual é des-
  • locada na direção oposta ao campo elétrico
    aplicado.

25
Conceitos Biológicos e Biofísicos (1)
  • Organismo vivo complexo heterogêneo de tecidos
    bioló-
  • gicos, com propriedades condutivas, dielétricas e
    térmicas
  • dissimilares. Sofre dois tipos de efeitos dos
    CEMNI
  • Efeitos térmicos localmente contrabalançados
    pelos meca-
  • nismos de termo-regulação (passiva e ativa).
  • Interações não térmicas, em freqüências
    específicas ação
  • direta dos campos E e H, nos níveis celular e
    molecular.
  • amino-ácidos

  • peptídeos
  • Células protídeos
    heteroproteídeos

  • proteídeos
  • DNA e RNA
    proteínas

26
Conceitos Biológicos e Biofísicos (2)
  • Peptídeos e proteínas formados por ligações de
    amino-
  • ácidos, que incorporam grupos carboxilas (-COOH)
  • e aminas (-NH2).
  • Peptídeos e amino-ácidos(ltlt proteínas) ressoam
    na fai-
  • xa de microondas. Por exemplo
  • Glicina, di-, tri- e alanil-glicina, _at_ 25 C e
    pH6, ressoam
  • em 3.2 GHz, 1.2 GHz, 770 MHz e 960 MHz,
    respectiva-
  • mente ( fress invers. proporc. tamanho da
    molécula !)
  • Aaron et al., 1966
  • DNA e RNA ressoam em LF (polarização de carga
    espacial), devido aos deslocamentos iônicos,
    induzidos na superfície das moléculas pelo campo
    elétrico aplicado.

27
Células e Membranas Celulares (1)
  • Suspensão celular partículas condutoras
    dispersas em um
  • meio dielétrico.
  • Ex. sangue a 3
    GHz e 35 C.
  • Dimensões celulares 10 a 100 µm, diversas
    formas.
  • Constituintes proteínaslipídiosglucídeosDNA/RN
    A.
  • Sub-estruturas MCLICmitocôndriasnúcleo.
  • MC dupla camada de fosfolipídeos semifluidos,
    espess.
  • aprox. 10 nm, c/ molécs. de proteína engastadas
    (canais).
  • Função proteção/controle ativo das trocas
    iônicas e mole-
  • culares entre o LIC e o LEC, através dos canais
    iônicos.
  • dupla camada de cargas
    superficiais, isto é,
  • a MC equivale a um capacitor
    em com um
  • resistor de fuga (íons
    cruzando a MC).

28
Circuito (linear) equivalente a uma célula
Modelo clássico um modelo simplificado,
representado pelo circuito equivalente linear,
abaixo, para descrever o comportamento EM da
célula e dos tecidos biológicos, em função da
freqüência. Schwan, 1985
29
Circuito (fractal) equivalente a uma célula
Modelo fractal um novo modelo, representado pelo
circuito equivalente não linear, abaixo, para
descrever o comportamento EM da célula e dos
tecidos biológicos, levando em consideração todos
os mecanismos envolvidos nos processos de
condução e polarização dielétrica. Tejo et al.,
1997.
30
Relaxação Dielétrica de Tecidos Biológicos

Relaxação dielétrica tempo (t) necessário para
que o material retorne à sua desordem molecular.
( frel1/t)
  • Diagramas de dispersão va-
  • riação de e com a
  • freqüência.
  • variação de Cext com f.
  • variação de Cm com f.
  • rotação de moléculas po-
  • lares como água e proteí-
  • nas.
  • rotação de amino-ácidos,
  • rotação parcial de grupos
  • laterais de proteínas e re-
  • laxação de água ligada à
  • proteína (adsorção).

31
Células e Membranas Celulares (2)

A MC protege um inte- rior organizado que
par- ticipa de reações bio- químicas essenciais.
Observe-se a hélice- do aparelho transdutor de
sinal, com seus receptores em forma de Y.

A superfície externa da MC e seus receptores e
canais iônicos, têm carga negativa, enquanto que
o interior é positivamente car- regado,
estabelecendo um potencial de membrana. Um
mensagei- ro positivo, penetrando por um receptor
Y da hélice- , inicia um processo de
amplificação, com um ganho da ordem de a
, resultando numa avalanche de mensageiros
secundários para o interior da célula.
32
Células e Membranas Celulares (3)
Uma estrutura que auxilia a regular a atividade
celular, é o canal iônico gatilhado a tensão, que
atua como um verdadeiro transis- tor, regulando
as correntes iônicas para os diversos tipos de
ions da célula Catterall, 1992. O principal
destes é o , oni- presente, e que
desempenha uma série de funções de comuni- cação
e regulação celular. Ele atua primeiro como
transdutor de sinal e, em seguida, como
mensageiro. Bawin and Adey, 1976.
33
Células e Membranas Celulares (4)
Junções de hiato são pontes de seis proteínas
entre células con- tíguas, fundamentais para a
comunicação intercelular, necessá- ria para
coordenar a sua regulação. A sua abertura e
fechamento é controlada pelo ion cálcio. Como os
sinais de RF/MW têm um maior acoplamento do que
os campos ELF, então é mais provável que eles
alterem as funções da junção de hiato, em
intensidades muito menores do que as de sinais
ELF CW.
A alteração do ion cálcio na glândula pineal é,
então, um mecanismo plausível para re- dução da
melatonina. Assim,estes dois efeitos su- gerem
fortemente o caráter genotóxico da REMNI !
34
Junção de hiato e aberrações cromossômicas

1. Fluxo da junção de hiato, em função da
intensidade de campo magnético de 50 Hz Li
et al., 1999. 2. Aberrações cromossômicas em
células de hamster chinês V79, expostas a 30
mW/ , em 7.7 GHz, sob condições
isotérmicas (22 0.4 C) sendo, portanto,
um efeito atérmico.
Garaj-Vrhovac, Horvat and Koren, 1991.



35
Morte celular
Quando os cromossomos são danificados, as células
assassinas naturais do SI eliminam as células
defeituosas. Alternativamente, as células podem
entrar em apoptose (suicídio programado). Garaj-Vr
hovac, Horvat e Koren encontraram uma diminuição
na taxa de sobrevivência e um aumento na
mortalidade, segundo uma relação de dose-resposta
bem definida.


A diretriz ICNIRP para f gt2 GHz é de
e de , respectivamente, para
o público em geral e para os trabalhadores. Mesmo
um nível 100 vezes me- nor do que o primeiro,
durante 60 minutos, mata 28 das células e 8
delas, durante 30 minutos!


36
Atual Cenário Científico (1)
  • Em resposta a uma base crescente de evidências
  • científicas, a existência de efeitos
    biológicos e
  • de saúde pública, associados com exposições
  • prolongadas a campos EMs, está se tornando
    mais largamente difundida e aceita.
  • Um número cada vez maior de cientistas acredita,
    agora, na existência de efeitos biológicos
    atérmicos significativos, induzidos por campos
    EMs não-ionizantes de baixa intensidade, ELF ou
    RF/MW, não modulados ou com modulação (AM, FM ou
    pulsada).


37
Atual Cenário Científico (2)
  • No dia 24 de julho de 1998, 28 cientistas,
    convocados pelo
  • National Institute of Environmental Health
    Sciences
  • (NIEHS), decidiram, por 19 a 9 votos, que os
    campos eletro-
  • magnéticos ELF são possíveis carcinogênicos.
  • Esta conclusão se deu após um ano de estudos,
    incluindo
  • três simpósios e uma reunião final intensiva de
    10 dias, para
  • revisão e debate da literatura científica e
    médica disponível.

38
Atual Cenário Científico (3)
  • Em outubro de 1998, o Workshop on Possible
    Biological
  • and Health Effects of Radio Frequency (RF/MW)
    Electro-
  • magnetic Fields, na Universidade de Viena,
    aprovou a se-
  • guinte resolução
  • Resolução de Viena Os participantes concluiram
    que os
  • efeitos biológicos de exposições de baixas
    intensidades são
  • cientificamente consistentes. Entretanto, o atual
    estado
  • de consenso científico é insuficiente para
    estabelecer pa-
  • drões de exposição confiáveis. A evidência
    existente de-
  • manda um aumento no esforço de pesquisa sobre
    possíveis
  • impactos sanitários e sobre o estabelecimento
    adequado de
  • exposição e dose. Hyland, 2001

39
Atual Cenário Científico (4)
Em suma, os cientistas do campo do
bioeletromagnetismo estão convencidos que os
campos EM artificiais induzem efeitos
biológicos. Alguns deles, verificados em
laborató- rios, são similares aos mecanismos
bioquímicos reputados como responsáveis por
efeitos neurológicos como perda da memória
recente, enquanto que outros estão envolvidos
no desenvolvimento de doenças sérias como câncer,
mal de Alzheimer e mal de Parkinson.
40
Sumário de descobertas científicas
41
(No Transcript)
42
(No Transcript)
43
Sumário de Descobertas Científicas (1)
44
Sumário de Descobertas Científicas (2)
Fontehttp//www.emf.com/emrsolution/emfissues/emf
issuessummary. html
45
(No Transcript)
46
Atual Cenário Científico (6)
Dr. Neil Cherry (Lincoln University, NZ), em
um recente relatório, concluiu Scientific
studies at the cellular level, whole animal
level and involving human populations, show
compelling and comprehensive evidence that RF/MW
exposure down to very low levels, ... a minute
fraction of present safety standards, result
in altered brain functions, sleep disrupt- ion,
depression, chronic fatigue, headache, impaired
me- mory and learning, adverse reproductive
outcomes includ- ing miscarriage, still birth,
cot death, prematurely and birth deformities.
Many other adverse health effects ...
predomin- ately cancer of many organs, especially
brain cancer, leuke- mia, breast cancer and
testicular cancer. ...
47
Atual Cenário Científico (7)
... Hence, there is a strong evidence that ELF
and RF/MW is associated with accelerated aging
(enhanced cell death and cancer) and moods,
depression, suicide, anger, rage and violence,
primarily through alteration of cellular calcium
ions and the melatonin/serotonin
balance. Fontehttp//www.emf.com/emrsoluti
on/emfissues/emfissuessummary. html
48
Efeitos do Telefone Móvel (1)
  • Além da exposição a campos ELF, os usuários de
  • MT de todo o mundo estão agora expostos, diaria-
  • mente, a campos de ELF/RF/MW, sob condições
  • de campo próximo (junto ao crâneo).
  • Pode-se antever que o recente cenário de evolução
  • comportamental será vitalício as emissões
    intermi-
  • tentes na cabeça do usuário de MT contribuirão
    pa-
  • ra aumentar ainda mais a sua exposição a um cam-
  • po EM de fundo, já bastante complexo, produzido
  • por um agregado de múltiplas e distintas fontes
    de
  • campo EM, mesmo que seja em regime comparti-
  • lhado !

49
Efeitos do Telefone Móvel (2)
  • Os telefones móveis celulares emitem radiação de
  • MW e ELF, respectivamente, na antena e no corpo
  • do aparelho. Ambos os tipos de emissão têm sido,
  • repetida e consistentemente, associadas com a in-
  • dução de efeitos biológicos importantes.
  • A seguir, um sumário, extraído da literatura, dos
  • efeitos biológicos e como eles podem levar a
    condi-
  • ções fisiológicas e potenciais doenças.
  • O sumário não é exaustivo, sendo necessário muito
  • mais pesquisas no futuro, para expandir e refinar
    o
  • atual cenário científico.

50
Absorção no cérebro em função da freqüência
  • O gráfico representa a absorção
  • normalizada no cérebro, em
  • função da freqüência
  • Observa-se o crescimento mais
  • acentuado a partir de 800 MHz.
  • A explicação para isto é a resso-
  • nância com as dimensões da ca-
  • beça, para freqüências acima de
  • 700 MHz!

51
Absorção no cérebro versus tipo de tecnologia
  • A simulação revela, ainda, que
  • a absorção de radiação no cére-
  • bro (massa cinzenta) é bastan-
  • te maior para os aparelhos
  • da tecnologia PCS (Personal
  • Communication System), que
  • incluem, além de comunicação
  • de voz, recursos multimídia ca-
  • da vez mais sofisticados.

52
Exposição de Nematóides a Níveis Muito Baixos
de Campos Eletromagnéticos
  • O grupo liderado pelo Dr. David de Pomerai da
    Universidade de Nottingham, mostrou que a
    exposição prolongada de nematoides a níveis
    muito baixos de campos eletromagnéticos (SAR da
    ordem de 0,001 mW/g, em 750 MHz) causam danos em
    determinadas proteínas. Dr. de Pomerai sugere que
    os atuais limites de exposição para os
    equipamentos de microondas podem necessitar
    revisão. Pomerai et al., 2000

53
Alterações na Barreira Hemato-Encefálica(BBB-Bloo
d-brain Barrier) em Níveis Muito Baixos de
Campos Eletromagnéticos

Os Drs. L. Salford (neurocirurgião) e B. Persson
(biofísico) da Universidade de Lund na Suécia
mostraram que níveis muito baixos de exposição
(SAR 0,002 W/Kg, durante somente 2 hs) podem
alterar a BBB, permitindo que substancias
químicas penetrem em neurônios no córtex, no
hipocampo e em gânglios basais do cérebro. Esta
alteração permanecia ainda evidente 4 semanas
após uma única exposição de 2 hs., mesmo naqueles
níveis baixíssimos de SAR. NIEHS, 2003
54
Quebras Simples e Duplas de Fitas da Molécula de
DNA
  • Foram observadas quebras simples e duplas nas
    fitas de mo-
  • léculas de DNA expostas a sinais pulsados (pulsos
    de 2 µs de
  • duração e taxa de repetição de 500 pulsos/s) e a
    sinais CW
  • de 2.450 MHz, com densidade de potência média de
  • 2 mW/cm2, resultando numa taxa de absorção
    específica
  • SAR de 1.2 W/kg. Lai and Singh, 1996

55
Tumores no cérebro O Estudo de Hardell
Dr. Lennart Hardell, do Örebo Medical Center,
Örebo, Suécia A antena do celular, em uso
normal, é posicionada próximo ao ouvido, sendo
que se observam hot-spots (áreas de
concentração de energia) nos lobos temporal e
occipital do cérebro. Hardell observou que os
usuários de telefones celulares apresentavam uma
probabilidade 2,5 vezes maior para desenvolver
tumores nestes lobos, no lado da cabeça onde o
aparelho era normalmente operado. Isto se repete
tanto para aqueles que usam o fone do lado
direito ou esquerdo da cabeça. Hardell não
observou aumento de risco para os lobos frontal e
parietal, que estão mais afastados da Hardell et
al., 1999

56

Taxas de mortalidade por câncer de encéfalo no
Brasil entre 1979 e 1999 (Fonte Divisão de
Epidemiologia e Vigilância do Min. da Saúde,
INCA, e IBGE, p.e.o. Dr. C.E.C.Abrahão, Covisa,
Campinas, SP) Esquerda homens
Direita mulheres


57
Dados do INCA
Estatísticas das taxas de mortalidade por câncer
em São Paulo 1979-99 esquerda todos os tipos
direita encéfalo (homens)
58
Dados do INCA atualizados
59
Efeitos biológicos em função da densidade de
potência
Dens. de Pot. (µW/cm2) Efeito Biológico Referência
0.1 Exposição a radiação de telefonia celu- lar provoca alterações nas ondas cere- brais de um EEG. Von Klitzing, 1995
0.16 Alterações nas funções motora, de memorização e atenção em crianças em idade escolar na Letônia. Kolodynski, 1996
0.168-1.053 Infertilidade irreversível em 5 gerações de ratos expostos a sinais de antenas de telefonia celular. Magras e Xenos, 1997
0.2-8 Aumento 2 vezes maior na leucemia infantil, em crianças expostas a radi- ação de AM e FM. Hocking, 1996
1.3-5.7 Aumento 2 vezes maior de leucemia em adultos expostos a sinais de AM. Dolk, 1997
2.4 Interferência com dispositivos médicos, pelo menos até 1000 MHz. Joyner, 1996
2-4 Ação direta da RRF no canal de ace- ticolina (neurotransmissor). DInzeo, 1988
60
Efeitos biológicos em função da densidade de
potência
Dens. de Pot. (µW/cm2) Efeito Biológico Referência
4-10 Diminuição do tempo de reação visual e memória, em testes com crianças. Chiang, 1989
5-10 Debilitação da atividade do sistema nervoso. Dumanski, 1974
10-25 Alterações no hipocampo (circunvolu- ção na face inferior do lobo temporal). Belokrinitskiy, 1982
30 Efeitos no sistema imune elevação da contagem de PFC (células produtoras de anticorpos). Veyret, 1991
50 Redução de 18 no sono REM, impor- tante na memorização e aprendizagem. Mann, 1996
100 Mudanças na função do sistema imune. Elekes, 1996
100 Redução de 26 na produção de insu- lina (hormônio secretado pelo pâncreas). Navakatikian, 1994
61
Efeitos biológicos em função da SAR
SAR (W/kg) Efeito Biológico Referência
0,000021-0.0021 Alterações no ciclo e proliferação celu- lar, devido a sinal GSM de 960 MHz. Kwee, 1997
0,0004 Alterações na BBB, devido a sinal GSM pulsado de 915 MHz. Salford, 1997
0.001 Alteração de ondas cerebrais de EEG. Von Klitzing, 1995
0.0317 Diminuição no consumo de alimentos e líquidos. Ray e Behari, 1990
0.005-0.05 Alterações no efluxo (escoamento de um fluido para fora de uma cavidade) do ion cálcio. Dutta et. al., 1989
0.14 Mudança na função do sistema imune. Elekes, 1996
0.13-1.4 Linfomas e câncer cerebral 2.5 vezes mais em ratos expostos do que no grupo controle (duas exposições diári- as de ½ h a um sinal pulsado de tele- fonia celular de 915 MHz. M. H. Repacholi, 1997
62
Efeitos biológicos em função da SAR
SAR (W/kg) Efeito Biológico Referência
0,26 Efeitos oculares nocivos certas drogas podem sensibilizar os olhos a RRF. Kues, 1992
0.4 Aumento estatisticamente significativo em tumores malignos. Guy, 1984
0.58-0.75 Desenvolvimento de tumores cerebrais, a 18 do padrão (sinal TDMA de 836 MHz) Adey, 1996
0.6 e 1.2 Quebras de filamentos simples e duplos de DNA, provocadas por RRF de 2.45 GHz). Lai et. al., 1995
2.4-24 Quebras de filamentos simples e duplos de DNA, provocados por exposição a sinais TDMA de 836 MHz). J. Phillips, 1998
2-3 Aceleração de tumores de pele e de mama, em níveis de exposição de 50-75 do padrão. Szmigielski, 1982
63
O estudo de Naila (Alemanha) 1
  • Área de estudo Naila
  • População 9.472 hab. (52,6 M
  • e 47,4 H)
  • Diferenças sociais e étnicas muito
  • pequenas ( 4 estrs. em 1994)
  • Não há indústria pesada na cidade
  • Operação das antenas Set. 1993
  • Tecnologia GSM c/ 15 dBW por
  • canal (31,6 W/canal)
  • Freqüência 935 MHz
  • Tilt 6 graus

64
O estudo de Naila (Alemanha) 2
  • Período do estudo 1994-2004
  • Suporte financeiro recursos próprios do
    município
  • Grupo exposto residentes a menos de 400 m das
    torres
  • Grupo controle residentes a mais de 400 m das
    torres
  • Tempo de exposição aproximadamente 90.000 horas
  • Conclusão
  • Risco de câncer 3 vezes maior para o grupo
    exposto, em comparação com o grupo controle
    grupo exposto adoe-
  • ceu 8 anos mais cedo
  • Não é mais possível supor que não existe relação
    causal entre exposição a RF e aumento de casos de
    câncer.

65
O estudo de Netanya (Israel) 1
  • Dados da antena 10 m de altura, Pmax 1500 W e
    fre-
  • qüência de 850 MHz
  • Início do estudo julho de 1997
  • Início da exposição julho de 1996
  • Grupo exposto (A) 622 residentes, durante 3 a 7
    anos,
  • nas proximidades da ERB
  • Grupo controle (B) 1222 residentes com
    características
  • sócio-econômicas similares às do grupo A
  • Motivação surgimento de 8 casos de câncer em 1
    ano,
  • contra 2/1222 registrados em clínica próxima da
    área B
  • e 31/1000/ano na população em geral.

66
O estudo de Netanya (Israel) 2
  • Período do estudo 1997-2004
  • Grupo exposto (A) residentes a menos de 350 m da
    torre
  • Grupo controle (B) residentes a mais de 350 m da
    torre
  • Resultados
  • Risco relativo de 4,15 vezes maior na área A do
    que na
  • população como um todo
  • Taxas relativas de câncer entre as mulheres
    expostas foi
  • de 10,5 vezes maior (plt0.0001), contra 0,6 da
    área B e 1
  • em toda a cidade.
  • Conclusão existe associação entre residir
    próximo de
  • ERB e aumento na incidência de câncer.

67
O Projeto REFLEX
  • Projeto REFLEX (Risk Evaluation of Potential
    Environmental Hazards from Low Energy
    Electromagnetic Field (EMF) Exposure Using Sensi-
    tive in vitro Methods) REFLEX, 2004
  • Patrocínio CE Duração 4 anos
    Custo 3.149.621,00
  • Objetivos Identificar mecanismos básicos para
    explicar possível cau-
  • salidade CEM/doença, utilizando modernas
    técnicas da toxicologia e
  • da biologia molecular in vitro e plataformas
    laboratoriais uniformes.
  • Resultados
  • Os CEM-ELF tiveram efeitos genotóxicos
    (alterações da expressão do DNA) em culturas
    celulares primárias de fibroblastos (células
    básicas do tecido conjuntivo) humanos e em outras
    linhas celulares
  • Os CEM-RF produziram efeitos genotóxicos em
    células de fibroblas-
  • tos, granulosas e HL60, com SAR entre 0,3 e 2
    W/kg, com aumento
  • significativo na quebra das fitas simples e
    duplas do DNA e na fre-
  • quência de micronúcleos (fragmentos de DNA no
    sangue).

68
Efeitos Não Térmicos dos Telefones
Celulares Levantamento dos Estudos Biológicos
Publicados (fonte CWTI, p.e.o. Libby Kelley )
69
Necessidades e Desafios (1)
  • Modelagem precisa das fontes de energia EM (de
    estações rádio-base ou de telefones celulares)
    exógenas.
  • Modelagem precisa dos mecanismos de ação do campo
    exógeno sobre biossistemas, em três escalas
    físicas Macroescala sistema biológico
    considerado como um todo continuum, exposto a um
    campo EM exógeno (dosimetria tradicional)
  • Mesoescala interação no nível do tecido
    biológico
  • Microescala determinação da distribuição de
    campo EM induzido localmente na célula e seus
    comparti- mentos e as conseqüentes
    modificações na atividade celular. DInzeo, 2000

70
Necessidades e Desafios (2)
  • Modelagem precisa do aquecimento de tecidos in
    vivo, sob excitação eletrodinâmica em nível
    térmico, levando em conta os mecanismos passivos
    e ativos de termoregulação do organismo,
    utilizando modelo não-linear da equação de
  • Transferência de Calor Biológico.
  • Proposição, adaptação e revisão de normas e
    padrões, visando o uso correto das tecnologias de
    RF/MW, assegurando, em primeiro lugar, a proteção
    à saúde dos usuários e trabalhadores do setor!

71
Conclusões (1)
  • Os limites de exposição das diretrizes da ICNIRP
    não con-
  • sideram exposições prolongadas a CEMNI, conforme
    esta-
  • belecido no documento original, na seção BASE
    PARA
  • LIMITAR A EXPOSIÇÃO ICNIRP, 1998
  • ... A indução de câncer devido a exposição
    prolongada a
  • CEM não foi considerada como estabelecida e,
    assim, es-
  • tas diretrizes são baseadas em efeitos agudos, de
    curta du-
  • ração sobre a saúde, tais como estimulação de
    músculos e
  • nervos periféricos, choques e queimaduras pelo
    contato
  • com objetos condutores e temperaturas elevadas do
    tecido,
  • resultante da absorção de energia durante a
    exposição a
  • CEM. ...

72
Conclusões (2)
  • Ao justificar a exclusão de qualquer efeito
    não-térmico na
  • formulação de suas Diretrizes de Segurança, a
    ICNIRP con-
  • cluiICNIRP, 1998
  • ... Geralmente, a literatura sobre efeitos
    atérmicos de cam-
  • pos eletromagnéticos modulados em amplitude é tão
    com-
  • plexa, a validade dos resultados divulgados tão
    mal estabe-
  • lecida e a relevância dos efeitos sobre a saúde
    humana é tão
  • incerta, que é impossível usar este volume de
    informação
  • como uma base para definir limites de exposição
    humana
  • a esses campos. ...

73
Conclusões (3)
  • Deve-se ressaltar que isto não é equivalente a
    denegar a
  • existência de influências não-térmicas deste tipo
    de radia-
  • ção, ou seu potencial de provocar reações
    sanitárias adver-
  • sas como freqüentemente apregoado pela
    Indústria de
  • Telefonia Móvel mas simplesmente que, na visão
    da
  • ICNIRP, tais efeitos não podem ser usados como
    uma base
  • para estabelecer limites de exposição Hyland,
    1998

74
Conclusões (4)

explain this phenomenon, which challenges the
traditional concept of a monotonic relationship
between the field intensity and the severity of
the resulting biological effects. Ora, uma
ausência de uma tal relação (de dose-resposta)
mo- notônica é esperada, pois tratam-se de
organismos vivos, o que significa que eles estão
longe do equilíbrio térmico e, portanto, longe
do regime onde uma tal relação monotônica se
justificasse. Mantendo-se longe do equilíbrio
térmico, sua resposta a um campo EM externo
depende, necessariamente, do estado do organismo
no instante da exposição isto é, tra- tam-se de
sistemas não-lineares, para os quais a exposição
a um baixo nível de REM não impõe,
necessariamente, uma resposta fraca, ou
vice-versa e para os quais os fenômenos
de janelas são esperados! Hyland, 1998

75
Conclusões (4)
  • Dr. Neil Cherry (Lincoln University, NZ), em um
  • recente relatório, concluiu
  • A REM de ERBs, provavelmente, aumentará a
    incidência de abortamentos, câncer, doenças
    neurológicas, cardíacas e morte.
  • A REM dos telefones celulares, provavelmente,
    aumentará a incidência de doenças neurológicas e
    tumores cerebrais, nos próximos 10 a 20 anos.
  • Os problemas apontados continuarão a se agravar,
    a menos que sejam tomadas as medidas necessárias
    para reverter esta tendência, tal como reduzir a
    potência (ou aumentar a distância) a níveis
    tecnicamente possíveis e só instalar novas ERBs
    em locais que produzam exposições residenciais
    extremamente reduzidas.

76
O Conceito de Saúde da OMS
  • Saúde é um estado de completo bem-estar físico,
  • mental e social e não meramente a ausência de
  • doença ou enfermidade
  • (Preâmbulo à Constituição da OMS, adotada pela
  • Conferência Internacional de Saúde, N. York,
  • 19-22 de junho de 1946, entrando em vigor em
  • 7 de abril de 1948)
  • Esta definição nunca foi emendada até hoje!

77
O Princípio da Precaução
  • O Princípio da Precaução é um novo modo de
    pensar sobre a proteção ambiental ou à saúde
    pública, principalmente contra a permanência da
    exposição a situações e agentes de risco em longo
    prazo. Ele nos desafia a fazer mudanças
    fundamentais no modo como permitimos e
    restringimos danos e agravos.

78
O Princípio da Precaução
  • Uma das mais importantes expressões do Princípio
    da Precaução, internacionalmente falando, é a
    Declaração do Rio da Conferência das Nações
    Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
    de 1992, também conhecida como Agenda 21, quando
    afirma Com o fim de proteger o meio ambiente,
    os Estados devem aplicar amplamente o princípio
    da precaução, conforme as suas capacidades.
    Quando haja perigo de dano, grave ou
    irreversível, a falta de uma certeza absoluta não
    deverá ser utilizada para postergar-se a adoção
    de medidas eficazes, em função do custo, para
    impedir a degradação

79
Recomendações (1)
  • Considerando
  • Adesão do Brasil desde a ECO92 no Rio
  • Minimização de possíveis riscos à saúde devido a
    exposições
  • prolongadas
  • Se não há provas conclusivas de que a exposição
    prolongada a
  • CEMNI pode acarretar agravos à saúde, também não
    as há em
  • sentido contrário
  • Inexistência de pré-testes e pós-testes com
    relação aos dispositi-
  • vos emissores de CEM comercializados no país
  • Viabilidade técnica, operacional e financeira das
    operadoras.
  • Recomenda-se adotar o Princípio da Precaução

80
Citação
  • o meio ambiente não é mais uma abstração,
    mas, principalmente, o espaço onde vivem os seres
    humanos e do qual depende a sua quali-
  • dade de vida e a sua saúde, aí legadas para as
  • futuras gerações.
  • Cour Internationale de Justice, Licéité de la
    me-
  • nace ou de lemploi darmes nucléaires, (item
    29), Recueil, 1996.

81
Recomendações (2)
  • Colaborar com a CNBEM e SVS-MS, na elaboração de
    um padrão brasileiro de exposição humana a CEMNI,
    na faixa de 0-300 GHz
  • Propor revisões periódicas sobre padrões de
    exposição em vigor, sempre que justificadas por
    novas descobertas
  • científicas sobre o assunto
  • Desestimular o uso de telefones celulares por
    crianças e pré-adolescentes, a não ser em casos
    de urgência
  • Proibir campanhas publicitárias voltadas para
    crianças e pré-adolescentes.

82
Citação
  • o meio ambiente não é uma abstração, porém
    muito mais
  • o espaço onde vivem os seres humanos e do qual
    depende a sua
  • qualidade de vida e a sua saúde, um legado para
    as futuras gera-
  • ções.
  • Cour Internationale de Justice, Licéité de la
    menace ou de lemploi darmes
  • nucléaires (item 29), Recueil, 1996.

83
  • Prof. Francisco de Assis F. Tejo
  • UAEE-CEEI-UFCG
  • fassis.tejo_at_gmail.com

84
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88
Glossário
Barreira hemato-encefálica sistema de filtros
dos vasos sangüíneos do cérebro que evita a
passagem de toxinas e substâncias químicas
perigosas para os tecidos cerebrais
sensíveis. BEMS Bioelectromagnetics Society
(Sociedade de Bioe- letromagnetismo). Uma
associação profissional que orga- niza reuniões
científicas sobre efeitos biológicos dos cam- pos
eletromagnéticos não ionizantes. Carcinogênico
algum fator causador de câncer. CDMA Code
Division Multiple Access (Múltiplo Acesso por
Divisão em Código). Um tipo de sinalização de
telefonia digital, que permite a transmissão de
várias chamadas em uma mesma portadora, pela
alternância de diferentes men- sagens
codificadas, geradas em um computador.
89
Glossário
CEM campo eletromagnético. O termo genérico que
de- signa o campo ou a radiação emanados de
dispositivos eletromagnéticos. CTIA Cellular
Telecommunications and Internet Association
(Associação de Telecomunicações Celulares e
Internet). Um grupo corporativo que representa os
interesses dos provedores de telefonia celular e
internet nos EE.UU., tais como ATT Wireless,
Motorola, Verizon Wireless e outras. Defibrilador
um dispositivo médico aplicado em pacientes
cardíacos para reativar os batimentos do seu
coração, quando ocorre uma parada cardíaca.
90
Glossário
Dosimetria determinação experimental ou
computacional da quantidade de energia absorvida
por unidade de tempo e de massa em um tecido
biológico. Ensaio um teste de laboratório, por
meio do qual os efeitos biológicos são medidos e
quantificados. Estação radio-base (ERB) qualquer
estrutura de suporte a um conjunto de antenas
que, interligadas por meio de cabos a um
conjunto de equipamentos, dispositivos e demais
meios necessários, estabelece a comunicação com
um terminal por- tátil ou com a rede pública
convencional. Estudo coorte um tipo de estudo
epidemiológico, no qual indivíduos expostos a um
determinado fator são comparados a indivíduos não
expostos, baseado na ocorrência de uma
determinada doença.
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Glossário
Estudo de caso-controle estudo epidemiológico em
que pessoas afetadas por uma determinada doença
(casos) são comparadas com pessoas não afetadas
(controles). Ensaio do cometa ensaio de
laboratório para medição de danos em moléculas de
DNA. Uma corrente elétrica é passada através de
uma cultura de moléculas de DNA danificadas, por
exemplo, por exposição à luz solar, álcool, ou um
CEM. Segmentos de bases emparelhadas quebradas de
DNA se tornam positiva ou negativamente
carregados e, assim, se deslocam pela ação da
corrente. Vista ao microscópio, a trilha de DNA
rompidos em movimento, se assemelha à cauda de um
cometa. Quanto maior a cauda do cometa, maior o
dano ao DNA. Uma célula cerebral sem dano não
apresenta uma tal cauda.
92
Glossário
EPA U.S. Environmental Protection Agency
(Agência de Proteção Ambiental dos
EE.UU.). Epidemiologia estudos com seres humanos
para examinar a ocorrência de doenças em grupos
de pessoas. Estudo in vitro um tipo de estudo de
laboratório feito fora do corpo e em um ambiente
artificial, com tubos de ensaios e placas de
Petri. Estudo in vivo um tipo de estudo de
laboratório feito com animais vivos. FCC Federal
Communication Commission (Comissão Federal de
Comunicações). Agência do governo americano
responsável pela supervisão do desenvolvimento e
uso da tecnologia de radio-comunicações.
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Glossário
FDA Food and Drug Administration (Administração
de Drogas e Alimentos). Agência federal americana
responsável pelo controle de alimentos e drogas,
bem como produtos emissores de radiação, tais
como telefones celulares. gigahertz um bilhão de
ciclos por segundo, ou 109 Hz. GSM Global System
Móbile (Sistema Móvel Global). O sistema de
telefonia celular usado na Europa e em outras
partes do mundo, inclusive no Brasil. Hertz uma
unidade equivalente a um ciclo por segundo,
indicando a rapidez com que um determinado sinal
varia no tempo e no espaço.
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Glossário
kilohertz mil ciclos por segundo, ou 103
Hz. Leucemia um câncer das células sangüíneas da
medula óssea. Leucócito uma célula do sangue
também conhecida como glóbulo branco. Linfócito
um tipo de glóbulo branco com função do sistema
imune. Linfoma um câncer do tecido linfóide
(encontrado principalmente nos nodos linfáticos e
no baço). Maligno canceroso. Um tipo de tumor
que cresce continuamente.
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Glossário
Marcapasso um dispositivo médico implantado em
pacientes cardíacos para controlar os batimentos
do seu coração. megahertz um milhão de ciclos
por segundo, ou 106 Hz. Micronúcleos fragmentos
de DNA envolvidos por uma membrana, que são uma
indicação de dano genético. As células do sangue
normal não contèm micronúcleos. Mutágeno
qualquer agente capaz de causar dano ao DNA ou
alterar genes. Neuroma acústico um tumor benigno
do nervo acústico. Este nervo, também conhecido
como nervo auditivo, controla a audição e se
estende do ouvido até o tronco cerebral.
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Glossário
NIEHS National Institute of Environmental Health
Sciences (Instituto Nacional de Ciências
Ambientais da Saúde). Uma agência federal dos
EE.UU. que cuida da relação do meio ambiente com
a saúde. PCS Personal Communication System
(Sistema de Comunicação Pessoal). A nova geração
de produtos de comunicação sem fio. SAR Specific
Absorption Rate (Taxa de Absorção Específica). A
quantidade de energia absorvida por um tecido
biológico, por unidade de tempo e por unidade de
massa corporal, medida em watts de potência por
kilograma (W/kg).
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Glossário
TDMA Time Division Multiple Access (Múltiplo
Acesso por Divisão no Tempo). Um tipo de
sinalização de telefonia digital, que permite a
transmissão de várias chamadas em uma mesma
portadora, pela alternância de diferentes
mensagens, transmitidas em diferentes intervalos
de tempo. Telefone analógico um tipo de telefone
celular ou sem fio que envia sinais em ondas
contínuas similares a ondas de rádio FM. Os
primeiros telefones celulares eram analógicos,
mas atualmente eles estão sendo substituídos
pelos digitais. Telefone celular um tipo de
telefone sem fio que opera nas faixas de 800-900
MHz ou de 1800-1900 MHz.
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Glossário
Telefone digital um tipo de telefone celular que
usa modulação pulsada. Telefone PCS um tipo de
telefone celular que opera na faixa de 1900
2200 MHz. terahertz um trilhão de ciclos por
segundo, ou 1012 Hz. Teste de pré-comercialização
testes exigidos pelo governo para determinar a
segurança de produtos de consumo, antes da sua
comercialização. Tumor benigno um tumor ou
crescimento não canceroso.
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Glossário
Vigilância pós-comercialização acompanhamento e
monitoramento de pessoas que usam produtos de
consumo, tais como telefones celulares, para
verificar se eles desenvolvem ou não problemas de
saúde associados com o seu uso. Esta é uma
exigência de governo para a maioria dos produtos
de consumo que têm um potencial risco de agravar
a saúde das pessoas.
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