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LCOOL DELIRIUM TREMENS Outros sedativos, como a prometazina e imipramina podem desencadear ou piorar os quadros de delirium. Neurol pticos (antipsic ticos) que ... – PowerPoint PPT presentation

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1
Álcool
2
Introdução
  • Na emergência médica, as complicações do uso de
    álcool e drogas são comuns.
  • As intoxicações podem servir a propósitos
    suicidas ou funcionar como antídotos para
    indivíduos sofrendo de alguma patologia
    psiquiátrica.

3
Princípios gerais
  • O uso nocivo de drogas é comum.
  • O diagnóstico de abuso de drogas deve ser
    considerado em pacientes com rebaixamento do
    nível de consciência.
  • O diagnóstico de abuso de drogas deve ser
    considerado em pacientes agitados.
  • O tratamento é geralmente suportivo e
    sintomático.
  • Drogas e suas preparações de rua não são produtos
    puros.
  • Considerar doenças infecciosas associadas.
  • Antecipar sintomas de abstinência.

4
Intoxicação aguda
  • Caracteriza-se pela ingestão de uma ou mais
    substâncias em quantidades suficientes para
    interferir no funcionamento normal do organismo.
  • Seus estágios variam de embriaguez leve a
    anestesia, coma, depressão respiratória e,
    raramente, morte.
  • Frequentemente, o consumo de drogas ilícitas
    ocorre associado ao uso de álcool.

5
Intoxicação aguda
  • A intoxicação aguda provoca alterações variáveis
    no comportamento e afeto, como excitação e
    alegria, impulsividade, irritabilidade,
    agressividade, depressão e ideação suicida.
  • Ocorrem lentificação do pensamento e prejuízo da
    concentração, do raciocínio, da atenção e do
    julgamento.
  • Há maior suscetibilidade para acidentes
    automobilísticos, agressões físicas, suicídio,
    homicídio e outros acidentes.
  • Alterações psicomotoras incluem fala pastosa,
    prejuízo no desempenho motor e ataxia.

6
Fenomenologia nos níveis de álcool
  • Euforia/excitação
  • Alterações leves da atenção
  • Alterações leves da coordenação
  • Ataxia
  • Diminuição da concentração
  • Náuseas e vômitos
  • Hipotermia
  • Disartria
  • Amnésia
  • Anestesia
  • Coma
  • Morte

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Intoxicação aguda
  • A velocidade de ingestão, o consumo prévio de
    alimentos, os fatores ambientais e o
    desenvolvimento de tolerância aos efeitos do
    álcool interferem na relação entre os níveis
    plasmáticos de álcool e as alterações clínicas
    correspondentes.

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Tratamento
  • A intoxicação aguda é autolimitada.
  • Na maioria dos casos, é necessário apenas
    assegurar a interrupção da ingestão de álcool e
    proporcionar um ambiente seguro e livre de
    estímulos, onde o paciente possa passar algumas
    horas.
  • Diálogos objetivos e esclarecedores, voltados
    para a realidade, ajudam a situá-lo e acalmá-lo.

9
Tratamento
  • Um exame físico cuidadoso deve ser feito logo na
    entrada, a fim de detectar sinais de complicações
    (por exemplo, aspiração brônquica, crises
    hipertensivas, traumatismos crânio-encefálicos) e
    de cronicidade ou co-morbidades (hepatomegalia,
    desnutrição, infecções).
  • Caso seja possível, o histórico do uso de álcool
    e outras drogas, das patologias crônicas, bem
    como do uso presente de medicamentos, deve ser
    obtido.

10
Tratamento
  • O exame de ponta-de-dedo informa prontamente a
    glicemia do usuário.
  • Em casos de reposição de glicose, deve receber
    uma ampola de tiamina 100mg 30 minutos antes,
    desde que os níveis glicêmicos não estejam
    críticos e ameaçadores à vida do doente.
  • As células nervosas utilizam a tiamina na
    metabolização da glicose.
  • A ausência da vitamina entre usuários crônicos
    pode desencadear a encefalopatia de Wernicke.
  • Indivíduos com história nutricional adequada,
    tendo feito uso abusivo e isolado de álcool, não
    necessitam de administração prévia de tiamina.

11
Transtornos amnéstico-alcoólicos (blackouts)
  • São episódios transitórios e lacunares de amnésia
    retrógrada para fatos e comportamentos ocorridos
    durante graus variados de intoxicação alcoólica.

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Síndrome de abstinência do álcool
  • Caracteriza-se pelo aparecimento de sintomas de
    desconforto físico e psíquico, a partir da
    redução ou parada do consumo de álcool e da
    consequente queda de seus níveis plasmáticos.
  • O tempo e a intensidade do uso são diretamente
    proporcionais à gravidade do quadro.
  • Tem curso flutuante e autolimitado.

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Síndrome de abstinência do álcool
  • O sintoma de abstinência mais comum é o tremor,
    acompanhado de irritabilidade, insônia, náuseas,
    vômitos, taquicardia, aumento da pressão
    arterial, sudorese, hipotensão ortostática,
    cãibras e febre.
  • A intensidade dos sintomas é de natureza
    progressiva e variável, aparecendo algumas horas
    algumas horas após a diminuição ou a parada da
    ingestão.
  • Normalmente, são observados no período da manhã.

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Síndrome de abstinência do álcool
  • A maior parte dos casos cursa apenas com sintomas
    psíquicos, tais como ansiedade, disforia, piora
    da concentração e sintomas depressivos, além de
    insônia e tremores internos ou leves, mais
    evidentes pela manhã, antes do primeiro consumo
    de álcool.
  • Apenas uma pequena parte dos usuários desenvolve
    sintomatologia mais intensa e completa, em geral
    relacionada a antecedentes de consumo pesado e
    prolongado de álcool tremores grosseiros e
    generalizados (óbvios nas extremidades e na
    região perilabial), sudorese profusa, aumentos
    significativos da pressão arterial, dos
    batimentos cardíacos e da temperatura.

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Síndrome de abstinência do álcool
  • Esse estágio de abstinência é atingido em 48
    horas após a última dose de álcool ingerida.
  • Cerca de 90 dos casos não evoluem para além de
    um quadro efêmero, brando e marcado por tremores,
    insônia, agitação e inquietação psicomotora, com
    auto-resolução entre 5 a 7 dias ou menos.

16
Complicações
  • Desnutrição (anemia, déficit vitamínico,
    hipoglicemia).
  • Descompensações hidroeletrolíticas (desidratação,
    hipopotassemia, hiponatremia e hipomagnesemia).
  • Comprometimento da imunidade e infecções.
  • Pneumonias aspirativas.

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Exames de rotina na abstinência
  • Hemograma completo
  • Sódio, potássio, cálcio e magnésio séricos
  • Glicemia
  • Uréia e creatinina séricas
  • Exames de função hepática (transaminases, tempo
    de protrombina, bilirrubinas totais e frações,
    proteínas totais e frações)
  • Colesterol e triglicérides
  • Urina I
  • Exame toxicológico de urina
  • Radiografia torácica
  • Eletrocardiograma

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Tratamento
  • O tratamento visa ao alívio dos sintomas de
    desconforto e à prevenção das complicações
    relacionadas.
  • O paciente deve receber 100mg de tiamina
    intramuscular por 3 dias para prevenir
    complicações neurológicas.
  • Os níveis glicêmicos e os eletrólitos devem ser
    investigados e corrigidos prontamente, uma vez
    que podem facilitar o aparecimento de quadros
    confusionais, convulsões e comprometimento do
    funcionamento cardíaco.
  • Sempre que a correção de glicose for necessária,
    a aplicação intramuscular de 100mg de tiamina
    deve precedê-la, pois suas reservas são
    agudamente depletadas pela administração da
    glicose e podem precipitar a encefalopatia de
    Wernicke.

19
Tratamento
  • O tratamento farmacológico visa aliviar os
    sintomas autonômicos da síndrome de abstinência.
  • Entre os sedativos disponíveis, os
    benzodiazepínicos são os mais seguros e eficazes.
  • Também têm ação anticonvulsivante e preventiva
    eficaz para o delirium tremens.
  • Os de meia-vida longa (diazepam e
    clordiazepóxido) são os mais indicados, pois
    protegem o paciente por mais tempo.
  • Pacientes cuja função hepática está comprometida
    (hepatopatas e idosos) devem usar lorazepam (1 a
    4mg a cada 6 a 8 horas), por ser um
    benzodiazepínico sem conjugação hepática.

20
Tratamento
  • Quadros leves a moderados de abstinência, sem
    complicações clínicas ou antecedentes de
    convulsão ou delirium, tendo bom apoio social,
    pode ser tratado ambulatorialmente, medicado com
    diazepam 10 a 20mg a cada 6 horas.
  • As visitas o ambulatórios podem ser diárias para
    aumento ou diminuição na dose do medicamento.
  • Após controle dos sintomas, retira-se
    gradualmente a medicação ao longo de uma semana.

21
Tratamento
  • O paciente internado pode receber diazepam 20mg
    (ou equivalente) a cada hora até atingir-se uma
    sedação leve.
  • A dose eficaz obtida é então dividida em 3 a 4
    ingestões diárias e retirada gradualmente ao
    longo de uma semana.
  • A via oral é sempre a mais indicada.
  • O diazepam e o clordiazepóxido têm absorção
    intramuscular errática.
  • Quando a via endovenosa é a única possível,
    deve-se evitar a administração no soro
    fisiológico ou glicosado, pois a estabilidade dos
    benzodiazepínicos nestas soluções é pobre.
  • A melhor alternativa é a injeção direta e lenta
    do diazepam (5mg a cada 2 minutos), a fim de
    evitar o risco de parada respiratória.

22
Síndrome de Wernicke-Korsakoff
  • Associada ao déficit de tiamina no organismo.
  • Qualquer patologia capaz de comprometer o
    processo de obtenção de tiamina pelo organismo
    (síndrome de má-absorção, anorexia, hiperemese
    gravídica, obstrução gastrintestinal, alimentação
    parenteral prolongada, tireoxicose e hemodiálise)
    pode desencadeá-la, mas o ocnsumo excessivo e
    prolongado de álcool é a causa principal.
  • O álcool inibe a absorção ativa da tiamina no
    intestino, e geralmente há prejuízo na ingestão
    de alimentos pelos usuários acometidos.

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Síndrome de Wernicke-Korsakoff
  • A tiamina age na oxidação dos carboidratos e na
    condução nervosa periférica.
  • A metabolização da glicose pelas células nervosas
    depende da tiamina pirofosfato, coenzima da qual
    a tiamina é precursora.

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Encefalopatia de wernicke
  • Tem início abrupto e manifesta-se por confusão
    mental, distúrbios oculomotores e ataxia
    cerebelar.
  • O sintoma mais comum é confusão mental (82),
    seguida de distúrbios oculares (29) e ataxia
    (23).
  • O diagnóstico pode ser estabelecido sem a
    presença completa da tríade.
  • A ausência de resposta clínica clara em 48 a 72
    horas sugere mau prognóstico.
  • A mortalidade é de cerca de 17 e, embora a
    tríade desapareça em torno de um mês após o
    tratamento, 80 a 85 de todos os casos evoluem
    para síndrome de Korsakoff.

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Encefalopatia de wernicke
  • Por se tratar de uma situação emergencial,
    deve-se administrar 100mg de tiamina endovenosa
    até a oftalmoplegia desaparecer.
  • O desaparecimento da ataxia pode levar dias ou
    semanas.
  • Uma das causas de não resposta ao tratamento é a
    hipomagnesemia portanto, o sulfato de magnésio
    (1 a 2 ml em solução de 50) deve ser
    administrado por via intramuscular
    concomitantemente.

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Síndrome de Korsakoff
  • É uma condição crônica na qual ocorre um
    predomínio de amnésia retrógrada (até vários anos
    antes do início da doença) e anterógrada.
  • O quadro clínico costuma aparececer após o curso
    crônico da encefalopatia de Wernicke ou após
    delirium tremens.
  • Em alguns casos, pode progredir de forma
    insidiosa.
  • A confabulação, considerada o sintoma típico, nem
    sempre está presente.
  • Podem ocorrer alterações de comportamento
    sugestivas de lesão no lobo frontal (apatia,
    inércia, perda de insight).
  • O paciente sente dificuldade em ordenar os
    eventos e preenche lacunas com lembranças falsas,
    ou em parte verdadeiras, mas em sequências
    erradas (confabulação).

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Síndrome de Korsakoff
  • Não reverte após a reposição de tiamina.
  • A clonidina (0,3 mg duas vezes ao dia) tem sido
    associada a melhora discreta da memória recente.
  • Propanolol (20 mg/kg/dia) também tem sido
    utilizado no controle dos sintomas agudos.
  • Infelizmente, nenhum tratamento parece muito
    eficaz.

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Convulsões devido abstinência
  • Cerca de 10 a 15 dos usuários pesados de
    álcool apresentam crises convulsivas, tipo grande
    mal, durante seus períodos de abstinência.
  • O consumo pesado de álcool por longos períodos
    (cerca de 5 anos de uso contínuo) diminui o
    limiar convulsivo.
  • Em mais de 90 dos casos, as convulsões ocorrem
    entre 7 e 48 horas após a última dose, com pico
    após 24 horas.
  • Um terço desses pacientes evoluem para um quadro
    de delirium tremens.

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Convulsões devido abstinência
  • A ocorrência de convulsões indicam que os
    sintomas de abstinência serão graves.
  • O paciente deve ser internado, e o tratamento
    farmacológico com benzodiazepínico, instituído.
  • Os benzodiazepínicos aumentam o limiar convulsivo
    e protegem o paciente de contra novas crises.
  • O sulfato de magnésio (1 g intramuscular a cada 6
    horas por 2 dias) deve ser administrado pois sua
    deficiência, comum na síndrome de abstinência,
    aumenta o risco de convulsões.
  • O paciente com mais de um episódio convulsivo
    pode ser tratado com fenitoína 100 mg, 3 vezes ao
    dia.
  • A convulsão no ato do atendimento pode ser
    interrompida com a administração endovenosa de
    uma ampola de diazepam 10 mg.

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Delirium tremens
  • Quadro confusional agudo, flutuante e
    autolimitado.
  • Inicia-se cerca de 72 horas após a última dose,
    com duração de 2 a 6 dias.
  • Apenas uma pequena parte dos abstinentes evolui
    para este estágio.
  • É uma urgência médica.

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Delirium tremens
  • A sintomatologia habitual, em graus variados de
    intensidade, caracteriza-se por estado
    confusional flutuante, com estreitamento do campo
    vivencial e marcado por desorientação em relação
    ao tempo e ao espaço, prejuízo da memória de
    fixação (fatos recentes), desagregação do
    pensamento, alucinações e delírios, que se somam
    aos sinais e sintomas de liberação autonômica da
    síndrome de abstinência.
  • O afeto é lábil, marcado por estados de ansiedade
    e temor, podendo haver depressão, raiva, euforia
    ou apatia.

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Delirium tremens
  • O quadro alucinatório clássico é visual insetos
    e pequenos animais, mas pode haver também formas
    táteis, com sensação de insetos e animais
    caminhando pelo corpo do paciente, e formas
    auditivas, que vão de ruídos a sons primários a
    vozes de natureza persecutória.
  • No quadro ilusional pode tomar objetos como
    animais (por exemplo, o equipo do soro é uma
    serpente) e fazem falsos reconhecimentos.
  • A reação afetiva à experiência alucinatória é
    congruente e em geral marcada por ansiedade
    intensa, terror e agitação.
  • Os delírios estão presentes, mas raramente
    sistematizados.

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Delirium tremens
  • A internação é sempre indicada.
  • Devem permanecer em ambiente desprovido de
    estímulos e iluminado.
  • O tratamento medicamentoso é similar ao realizado
    nos outros casos de síndrome de abstinência.
  • Quando há predomínio de sintomas alucinatórios,
    pode-se administrar haloperidol 5 mg por via
    intramuscular.
  • O haloperidol diminui o limiar convulsivo e por
    isso deve ser utilizado após a administração de,
    pelo menos, 20 mg de diazepam.

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Delirium tremens
  • Outros sedativos, como a prometazina e imipramina
    podem desencadear ou piorar os quadros de
    delirium.
  • Neurolépticos (antipsicóticos) que reduzem
    excessivamente o limiar convulsivo, como a
    clorpromazina e alevomepromazina, estão
    contra-indicados.

35
Referência bibliográfica
  • Prática psiquiátrica no hospital geral
    interconsulta e emergência. 2. ed. Porto
    Alegre Artmed, 2006.
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