Title: e: A Hist
1e A História de um NúmeroEli Maor
Diogo Guilherme
2Temas presentes no livro
- Origens do logaritmo
- Matemática financeira (juros)
- Limite (do muito pequeno ao infinitamente grande)
- História do cálculo diferencial e integral
- Séries
- Método das Fluxões de Newton
- O cálculo de Leibniz
- Características das funções exponenciais
- A família Bernoulli
- Matemática na Arte e na Natureza
- A catenária e as funções hiperbólicas
- Números complexos
- Os trabalhos de Euler
- Álgebra
- Filosofia dos números
3Sobre o autor
- É um historiador da matemática nascido em 1937 em
Israel - Atualmente leciona na Universidade de Chicago
(Loyola University Chicago) - É autor de vários livros sobre a História da
Matemática - To Infinity and BeyondA Cultural History of the
Infinite - The Pythagorean TheoremA 4,000-Year History
- Trigonometric Delights
4Motivação do autor
- O autor conhecia vários livros que retratavam a
história do número p, mas nenhum que fosse
dedicado ao número e. - É um número que está presente em várias áreas da
matemática e importante para os estudos das
ciências naturais. - Crítica à forma com que a Matemática é ensinada
nas escolas que desconsideram a história de sua
evolução.
5Muito importante
- O autor sempre alerta aos leitores que existem
discordâncias entre fontes diferentes e que
algumas não são muito precisas - Sempre quando conta apresenta uma história
fantástica sobre as pessoas, o autor cita a
fonte e aconselha os leitores a serem críticos
6John Napier (1550-1617) o primeiro personagem
desta história
- Era escocês e teve uma vida voltada à prática
religiosa - Era protestante, totalmente contra a Igreja
Católica, à qual dedicou um livro inteiramente
para fazer críticas - Desenvolveu estudos práticos à agricultura
(adubo, sistema hidráulico) - Participou de projetos militares para defender
sua terra natal, mas não se sabe se as máquinas
imaginadas foram de fato construídas
7(No Transcript)
8O que acontecia nos séculos XVI e XVII?
- Nesta época ocorreu um enorme avanço científico
- O sistema heliocêntrico tinha uma maior aceitação
- Gerhard Mercator viaja o circunavega o mundo e
faz um novo mapa novo do mundo - Galileu estabelece os alicerces da Mecânica
- Kepler fazia seus estudos dos movimentos celestes
9O logaritmo
- Os avanços científicos requeriam uma quantidade
enorme de cálculos numéricos - Não se tem certeza das intenções de Napier ao
desenvolver os logaritmos - A ideia era dado qualquer número positivo,
podemos escrevê-los em potências de um número
fixo conhecido (a base) e o produto (ou divisão)
dos números seria a soma (ou subtração) de seus
expoentes.
10O que há de novo?
- Para certos números inteiros, este método não era
necessário. - Napier construiu uma tabela que usava este método
para vários números, inteiros e decimais - O problema foi só a base utilizada para fazer
seus cálculos. - A primeira base usada para as tabelas
logarítmicas foi 0,9999999
11E depois?
- Após a publicação do trabalho sobre os
logaritmos, Briggs vai à Escócia à procura de
Napier - Briggs propõe algumas mudanças na ideia dos
logaritmos, como o uso da base 10 - Briggs então se prontifica para fazer as tabelas
com a base 10 - Construção de aparelhos para calcular logaritmos
- Difusão do logaritmo no meio científico
12A primeira aparição do número e
- O número e manifestou-se pela primeira vez
relacionado com uma das maiores preocupações da
humanidade até os dias atuais
Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, a
um pobre que vive ao teu lado, não agirás como um
agiota. Não lhe deves cobrar juros. Exôdo 2225
O dinheiro
13Mas como assim?
- O número e apareceu primeiramente em problemas
que envolviam juros compostos - Primeiro, o autor apresenta um problema de juros
da época dos babilônicos. - Após explicar a operação de juros compostos, o
autor apresenta a expressão que fornece o
montante após um período de aplicação
14- Para uma transação hipotética, onde r 1, t 1
ano e P R 1,00, a expressão fica simplesmente
- O autor chama a atenção para o caso em que
- Em seguida, ele faz uma tabela da expressão
acima com o valor de n crescendo
15Um pouco sobre a história do Cálculo
- O livro retorna aos tempos de Arquimedes para
contar um pouco sobre os métodos desenvolvidos
para calcular o valor de p e o cálculo de áreas - Segundo o autor, o desconhecimento da álgebra
pode ser um dos motivos que não levaram os gregos
a desenvolver o cálculo. - Os gregos tinham dificuldades em aceitar que uma
soma infinita convergia para um limite finito (o
autor discute um dos paradoxos de Zenão)
16- Dando um grande salto, em 1593 aparece o primeiro
processo infinito escrito explicitamente como uma
fórmula matemática - Várias destas foram criadas para se calcular o
valor de p - Kepler fez alguns estudos que envolviam o uso de
elementos indivisíveis (sua 2ª Lei e volume de
sólidos) - Segundo o autor, Kepler deu um grande avanço no
desenvolvimento do cálculo
17A quadratura da hipérbole entra na história
- Dentro deste contexto, o autor discuti vários
temas pertencentes à Matemática - Explicação do processo de quadratura, desde a
origem - Preocupação com a quadratura da hipérbole
- As cônicas e as representações após o
desenvolvimento da Geometria Analítica. - A vida e obra de Descartes
18- Fermat foi uma das pessoas que se preocuparam com
a quadratura de curvas cuja equação era y xn,
com n inteiro positivo - Fermat chegou a um método que resolvia o problema
para qualquer função cujo para qualquer valor de
n, exceto n -1 - Em 1647, Grégoire percebeu que a área sob uma
hipérbole (y x-1) tem uma relação com a função
logarítmica (sendo esta, talvez, o seu primeiro
uso) - Só faltava ter certeza que a função logarítmica
realmente dava a área sob a hipérbole
19O grande confronto
X
20Método das fluxões de Newton
- O cálculo de Newton foi caracterizado basicamente
por um ponto se deslocando sobre um plano
cartesiano, ou seja, duas variáveis se
relacionando através de uma equação. - Após estruturar sua ideia de fluxão, ele pensou
sobre o processo inverso encontrar o fluente.
Algo como encontrar aquilo que fluiu no tempo. -
21Notação
Para um intervalo de tempo e, ficamos com
Para a função , obtemos
22Notação
23Idéia sobre o cálculo de Leibniz
- Idéia mais abstrata que a Newton
- Pensava no cálculo como o acréscimo de pequenas
taxas, os diferenciais. - Quanto menor forem os diferenciais, mais próxima
da curva estará a reta tangente.
24Triângulo característico
25Notação
26Notação
27Notação
Generalizando
28Disputa pela patente
- Newton não tinha o costume de publicar seus
trabalhos, sempre os mantinha restrito ao seu
grupo dentro da universidade - Leibniz sempre que possível publicava seus
trabalhos.
29Disputa pela patente
- Segundo o autor, Newton já havia terminado o seu
cálculo 10 anos antes de Leibniz publicar. - Pessoas ligadas a Newton mostraram para Leibniz
uma parte de seu trabalho - Newton sempre acusou Leibniz de plágio e tentou
mostrar este ato mesmo após a morte deste.
30Consequências
- Grande escassez na matemática e na ciência
britânica nos séculos subsequentes, devido ao
isolamento causado pela disputa. - Enquanto isto, matemáticos na Europa continental
aderem à notação de Leibniz que foi mais bem
difundida. - Mas mesmo assim, alguns matemáticos e cientistas
debatiam sobre o autor original do cálculo
31Casos de família
- Oito integrantes da família se empenharam no
estudo da matemática e da física - Três deles tiveram grande destaque Jakob I
(Jacques ou James), Johann I (Jean ou John) e
Daniel I - Johann I era irmão de Jakob I Daniel I era filho
de Johann I - Johann I foi o professor de LHospital, o mesmo
da polêmica regra de mesmo nome
32Os integrantes da família Bernoulli
33- Ocorreram várias intrigas entre os familiares,
principalmente entre Jakob e Johann - Uma das disputas entre os irmãos envolvia o
problema de ciclóides encontrar a curva ao
longo da qual uma partícula deslizará sob a força
gravitacional no menor tempo possível
(braquistócrona)
34- O problema, segundo o autor, teve cinco soluções
diferentes, dados por Newton, Leibniz,
LHospital e os dois irmãos Bernoulli. - Porém, a solução de Johann apresentava um erro,
corrigindo-o usando um dos resultados obtidos por
Jakob, sem dar mencioná-lo, possivelmente
piorando assim, a situação entre os dois - A braquistócrona é um caso particular das
ciclóides
35- Os Bernoulli eram defensores dos estudos de
Leibniz, com quem se correspondiam - Não bastasse as brigas com o irmão, Johann teve
um péssimo relacionamento com o filho Daniel, por
este ter um destaque maior - É creditado a Daniel a relação entre pressão e
velocidade de um fluido em movimento
36Spira Mirabilis A espiral logarítmica
- Dentre os estudos de Jakob, encontramos o
fascínio dele pela espiral logarítmica - O autor apresenta vários detalhes desta curva
suas propriedades, particularidades, matemáticos
que a estudaram
37- Imagine quatro insetos posicionados nos cantos de
um quadrado. Ao tocar um apito, cada inseto
começa a se mover em direção ao seu vizinho.
Quais são as trajetórias dos insetos e onde eles
irão se encontrar?
- A trajetória das quatro é uma espiral
logarítmica. - Além desta situação, o autor comenta sobre
outras aplicações da função
38Um encontro fictício
- Dentro do contexto da espiral logarítmica, Eli
Maor cria uma pequena história, contando como
seria um encontro entre Johann Bernoulli e Johann
Sebastian Bach - Sabastian havia feito estudos referentes às
frequências das notas musicais da escala maior e
percebeu que havia algumas incoerências - Ele então propõe uma escala temperada composta
por 12 notas no lugar da escala de 7 notas.
39- Após uma breve conversa entre os dois, eles
concluem a escala musical temperada sendo
representada por uma espiral logarítmica
40Além da espiral a catenária
- Jakob Bernoulli propõe em 1690, um problema cuja
solução é uma catenária encontrar a curva
formada por um fio pendente, livremente suspenso
a partir de dois pontos fixos - Apareceram três soluções corretas Huygens,
Leibniz e Johann Bernoulli.
41- As tensões entre os irmãos pioraram e um tempo
depois Jakob apresenta uma solução para
espessuras variáveis - Na época da resolução do problema, o número e
ainda não possuía um símbolo - Apenas em 1757, Riccati apresenta uma notação
para a catenária, assim como para uma função
semelhante
42Parecidas mas nem tanto
- Riccati inicia um estudo das funções hiperbólicas
e percebe que há muitas semelhanças destas com as
funções trigonométricas
Funções trigonométricas
Funções hiperbólicas
43Funções trigonométricas
Funções hiperbólicas
44- As funções hiperbólicas não apresentam
periodicidade como as funções trigonométricas - Os parâmetros x e y não podem ser interpretados
como ângulos quando nos referimos às funções
hiperbólicas, mas pode representar o dobro da
área de um setor hiperbólico - O autor apresenta uma notação diferente para
representar
45Um amigo dos Bernoulli
- A família de Leonhard Euler (nascido em
1707)possuía um laço com os Bernoulli. - O pai de Euler estudou matemática com Jakob
- Euler teve aulas com Johann e se tornou amigo de
seus dois filhos, Daniel e Nicolaus.
46Alguns trabalhos de Euler
- Euler desenvolveu estudos sobre a teoria dos
números (matemática pura) e sobre a mecânica
analítica (matemática aplicada) - Fez um trabalho sobre funções, no qual introduziu
sua definição e sua notação, usada atualmente - Possivelmente foi o primeiro a usar a letra e
para se referir ao número 2,71828... - Representou a função exponencial como uma série
de potências
47- Segundo o autor, Euler começou a brincar com as
relações matemáticas, fazendo alguns
procedimentos não muito corretos - Primeiramente substitui x na função exponencial
por ix, obtendo uma função exponencial imaginária - Escrevendo-a em séries de potências e
rearranjando os termos, chegou à relação - A demonstração formal desta relação só ocorreu
tempos depois
48No campo dos números complexos
- O autor faz um breve histórico referente aos
problemas que envolviam raiz quadrada de um
número negativo - A partir de então ele apresenta vários estudos
que envolvem o número i - representações polares
- logaritmo de números negativos ln(-1) e de
números imaginários ln(i) - potências imaginárias de números imaginários ii
- funções complexas
49Por fim...
-
- O autor faz uma discussão sobre a filosofia e
um histórico dos números, discutindo a visão que
alguns povos e matemáticos tiveram sobre os
números, assim como a natureza dos mesmos,
focando-se mais no número e, apresentando suas
particularidades e importância à ciência e à
matemática