Title: Infec
1Infecções hospitalares na UTI Neonatal
epidemiologia para o novo milênio(Hospital-
Acquired Infections in the NICU Epidemilogy for
the New millennium)Alison J. carey, MD, Lisa
Saiman,MDClin Perinatol 200835223-249
- Orientadores
- Márcia Pimentel
Paulo R. Margotto - Apresentação
- Humberto Senna (R3 em Neonatologia)
-
- Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF
- www.paulomargotto.com.br
4/6/2008
2HISTÓRICO
- Há 150 anos (1818-1865)- Semmelweis recomendou a
desinfecção das mãos p/ os - profissionais de saúde como meio de prevenir a
febre puerperal - Reconheceu que partículas mortas aderidas as
- mãos dos examinadores eram transmitidas aos
- tratos genitais das mulheres em trabalho de
parto -
- Aumento da mortalidade das mulheres e
recém-nascidos -
3HISTÓRICO
- Em 1860-1861, as lições de Sammelweis foram
ignoradas ele morreu com 47 anos, após
apresentar sinais de psicose - Em 1879, Pasteur identificou o streptococcus
- Hemolyticus como causa da febre puerperal.
-
4EPIDEMIOLOGIA
- EUA estima-se que ocorram anualmente mais de 2
milhões de infecções nosocomiais (crianças e
adultos) e 48.600 estão associadas ao uso do
cateter - Dados recentes sugerem que 17.000 mortes
- possam ser atribuídas a infecções associadas
ao cateter. - Os custos médicos anuais relacionados às
- doenças infecciosas são de 17 a 29 bilhões
5EPIDEMIOLOGIA
- Agentes etiológicos mais comuns
- Gram-positivos 70,2
- S. coagulase-negativa 47,9
- S. aureus 7,8
- Enterorococcus sp 3,3
- Streptococcus grupo B 2,3
- Outros 8,9
6EPIDEMIOLOGIA
- Gram-negativos 17,6
- Escherichia coli 4,9
- Klebsiella 4,0
- Pseudomonas 2,7
- Enterobacter 2,5
- Serratia 2,2
- Outros 1,4
7EPIDEMIOLOGIA
- Fungos 12,2
- Candida albicans 5,8
- Candida parapsilosis 4,1
- Outros 2,3
- Fonte NICHD neonatal research network,
- Setembro 1998 a agosto de 2000.
8CONSIDERAÇÕES GERAIS
- Embora não seja possível impedir a infecção.
- nas UTI-s neonatal, dados recentes sugerem
que iniciativas na melhoria de qualidade possam
reduzir substancialmente a incidência das. - infecções hospitalares adquiridas
- Esta revisão focaliza os agentes mais comuns
- Candida e o S. aureus resistente a methicilina
e discute a importância da meningite como
complicação associada.
9 10MENINGITE NEONATAL
- Está associada a elevada morbidade e
mortalidade - Bebês com meningite têm risco aumentado de
prejuízo neurocognitivo de 1,6 a 2,2 vezes,
quando comparados com bebês em idade
gestacional similar, que não estejam infectados - O diagnóstico em prematuros hospitalizados é
extremamente difícil devido a ausência de
sinais específicos ou estes são obscurecidos por
outros, associados a outras doenças
11MENINGITE NEONATAL
- Neonatologias achavam que a ocorrência de
meningite era um fato raro,e por isso fazia-se
pouca punção lombar (PL) em RN instáveis, com
suspeita de infecção hospitalar adquirida - Informações recentes indicam que a incidência de
meningite nosocomial é mais comum do que
acreditava-se anteriormente.
12MENINGITE NEONATAL
- Estudo retrospectivo (Stoll, BJ,2004) 134 RN com
meningite foram identificados, de 2877 RN
que fizeram pelo menos uma PL, o que representa
5 dos pacientes avaliados com cultura do LCR - Dependendo da idade gestacional (IG) do paciente,
punção lombar foi feita somente na metade dos RN
com suspeita de sepse tardia. - Mesmo em RN com hemocultura positiva, a PL só foi
realizada em 66 dos casos,o que leva a crer que
a incidência de meningite é muito maior do que
5
13MENINGITE NEONATALÉ importante citar que 1/3
dos RN com meningite tiveram cultura do LCR
positiva sem estar associado a hemocultura
positiva.-Estudo recente de candidemia neonatal
(Benjamin DK,2006) 8 dos RN apresentavam
meningite fúngica (somente 51 dos RN incluídos
neste estudo tiveram PL realizada como parte do
rastreamento para sepse, e 48 daqueles com
cultura de LCR positiva, tinham hemocultura
negativa).-Meningite aumenta
significativamente o risco de mortalidade (23
versus 9 quando cultura do LCR negativa)-A
mortalidade é maior em meningite por
gram-negativo (41) e meningite fúngica (33)
versus 9 quando causada por gram-positivo.
14MENINGITE NEONATAL
- Há controvérsias em relação a interpretação do
- LCR
- Sarff (1976), publicou valores de referência para
- contagem de células ,proteína e glicose no
LCR - Células 0 32 cel / mm³
- Proteínas variam de 20 a 170 mg/dL em bebês a
termo e 65 a 150mg/dl em prematuros. - Glicose valor médio foi de 81 da glicemia em
RN a termo e 74 RN prematuros.
15MENINGITE NEONATAL
- Estudos recentes mostram os seguintes valores
- Células em RN a termo e prematuros varia
geralmente de 4 a 8 cel/mm³ . - Não é comum encontrar contagem maior que 20 cels
/ mm3 numa punção sem acidente. - O percentual de neutrófilos é menor que 20
16MENINGITE NEONATAL
- Proteínas deve ser menor que 100 mg/dL.
- Os valores em bebês prematuros podem ser
consideravelmente mais elevados e - variar inversamente com idade gestacional.
- Glicose como relatado previamente, isto é, 81
e 74 do valor da glicemia para bebês a termo e
em prematuros,respectivamente.
17MENINGITE NEONATAL
- Os dados de Sarff sugerem que a concentração de
proteína, de células e de glicose no LCR
raramente estão normais - no recém-nascido com meningite
- Em todo RN com hemocultura positiva ou com
alta suspeita de sepse deve ser feita punção
lombar. - Este procedimento deve ser feito principalmente
em RN com hemocultura negativa que não responde
rapidamente à terapia antimicrobiana.
18MENINGITE NEONATAL
- Quando o índice da suspeita de sepse for
- baixo e o bebê se recuperar rapidamente após
início da terapia antimicrobiana (lt 12h),
meningite é pouco provável. Nestes bebês, uma
punção lombar não é provavelmente necessária. - PL deve ser feita somente quando o RN
estiver clinicamente estável.
19- STAPHYLOCOCCUS AUREUS METHICILINA RESISTENTE NA
UTI NEONATAL
20STAPHYLOCOCCUS AUREUS METHICILINA RESISTENTE
(MRSA) NA UTI NEONATAL
- Desde os anos 70, MRSA foi o principal agente
- patogênico nas infecções hospitalares
adquiridas - Os RN são particularmente suscetíveis à infecção
por causa das imaturidade do sistema imunológico
e presença de fatores de risco, tais como o uso
de catetes venosos centrais e procedimentos
cirúrgicos - As taxas de infecção nosocomial em UTIN
variam de 15 a 20 .
21EPIDEMIOLOGIA
- Os países norte-europeus tais como os Países
- Baixos puderam manter níveis de prevalência de
infecções nosocomiais por MRSA em menos de - 1 utilizando um protocolo estrito de
buscar e - destruir.
22EPIDEMIOLOGIA
- Nesta estratégia, os pacientes de alto risco
(portadores de MRSA previamente identificados ou
aqueles transferidos de locais endêmicos) são
submetidos a um screening para MRSA e colocados
em isolamento de contato, até que a as culturas
sejam negativas - Nos países sul-europeus e nos EUA as taxas
- de prevalência atingem 40 a 50, entre os
pacientes hospitalizados
23COLONIZAÇÃO COMO UM FATOR DE RISCO
- S aureus é um raro causador de sepse precoce em
RN. - Nenhum estudo prospectivo investigou a ligação
entre a colonização e a doença clínica invasora
por MRSA na população neonatal - Na população adulta, a grande maioria das
infecções confirmadas por S. aureus é precedida
pela colonização.
24COLONIZAÇÃO COMO UM FATOR DE RISCO
- Dados de literatura demonstram que a colonização
por um determinado patógeno é fator de risco para
doença invasiva em RN, especialmente por Candida
sp e bacilos Gram negativos. - Investigações durante surtos em UTIN demonstram
que infecção usualmente se desenvolve em uma
porcentagem elevada de bebês colonizados com
MRSA. - Saiman demonstrou que a infecção se manifestou em
4 de 14 bebês colonizados com MRSA (28.5),
durante um surto em 2001.
25FATORES DE VIRULÊNCIA
- MRSA tem fatores específicos de virulência que
- possibilitam passar de colonização para a
doença invasiva - O loco SCC mecA possui genes que induzem a
resistência antibiótica, incluindo o mecA, que
codifica a proteína penicilina-ligante 2A (PBP
2A) - PBP 2A tem uma afinidade muito baixa por
antibióticos beta-lactâmicos, uma propriedade que
ininterrompe o mecanismo pelo qual os
beta-lactâmicos inibem a síntese da parede
celular das bactérias.
26FATORES DE VIRULÊNCIA
- Outro fator de virulência preocupante é o
surgimento de resistência crescente do MRSA à
vancomicina - O avanço da resistência pode ser observado em
diversos estudos que relatam um aumento na
concentração inibitória mínimas (MIC) à
vancomicina - Steinkraus et al (2007)relataram um aumento
significativo na MIC do MRSA para oxacilina,
vancomicina, e linezolida
27FATORES DE VIRULÊNCIA
- Existem relatos crescentes sobre S aureus com
sensibilidade intermediária à vancomicina (VISA)
e S aureus resistente à vancomicina (VRSA) em
todo mundo . - Até hoje, estes relatos envolveram adultos
com as condições complexas de comorbidade.
28APRESENTAÇÕES CLÍNICAS
- Infecções da corrente sangüínea
- O padrão ouro é cultura positiva do sangue
- Artrite séptica/osteomielite
- S aureus é a causa primária de artrite séptica e
- De osteomielite aguda no recém-nascido
-
29APRESENTAÇÕES CLÍNICAS
- Os fatores de risco incluem cateterismo da
artéria umbilical, síndrome de angústia
respiratória e a prematuridade, mas houve alguns
casos de osteomielite por MRSA em RN a termo
sadios. - O diagnóstico é dificil, os sintomas vão desde
má digestibilidade,irritabilidade crescente ou
edema e eritema de tecido mole -
30APRESENTAÇÕES CLÍNICAS
- A artrite séptica é uma complicação freqüente
da osteomielite aguda e pode conduzir a
seqüelas a longo prazo, tais como a limitação
do movimento, andar coxeante e anomalias no
crescimento dos ossos. - A clinica pode ser inespecífica.
- Hemocultura positiva, aspirado da articulação,
ou cultura óssea e alterações radiográficas
características confirmam o diagnóstico
31APRESENTAÇÕES CLÍNICAS
- Endocardite
- Os RN com doença cardíaca congênita e presença
de cateteres centrais percutâneos são
importantes fatores de risco para Endocardite - S aureus é uma importante causa da endocartite
pediátrica - Endocardite pode ser muito mais prevalente do
que é relatada, porque os clínicos não mantêm
alto grau de suspeição em pacientes que cursam
com bacteremia persistente. - A ecocardiografia é fortemente recomendada em
bebês com mais de uma hemocultura positiva para
S aureus, mesmo se um cateter venoso central
estiver bem localizado.
32APRESENTAÇÕES CLÍNICAS
- Infecções de pele e do tecido mole
- S aureus é o agente patogênico mais comum
- causador de pustulose e celulite no RN.
- O CA-MRSA (comunitário) possui fatores de
virulência (PVL),associados a fragilidade da
epiderme e ruptura da integridade da pele,
podendo causar infeccão da pele e do tecido mole - Infecções cirúrgicas locais
- fatores de risco incluem tamanho da incisão, a
duração da cirurgia, e a contaminação do sítio
operatório.
33APRESENTAÇÕES CLÍNICAS
- Meningite
- A meningite S aureus é rara no recém-nascido
- apesar do crescente número de infecções por S
aureus - Krcméry et al (1999), relataram 12 casos de
meningite neonatal, quatro dos quais foram
atribuídos a S. aureus. Todas os quatro casos
ocorreram em pacientes de 3 a 6 meses de idade
depois da inserção ou remoção de derivações
ventrículo-peritoneais.
34Erradicação da colonização com MRSA e tratamento
da doença invasiva
- Von Eiff et al demonstraram que 86 dos
pacientes adultos em UTI e na enfermaria geral
tiveram colonização pela mesma cepa de S.aureus e
bacteremia, mostrando desse modo que a bacteremia
por S aureus muito provavelmente possui uma
fonte endógena. - Concluíram que, interrompendo este ciclo,
erradicando a colonização, poderiam reduzir as
infecções.
35Erradicação da colonização com MRSA e tratamento
da doença invasiva
- De fato, a taxa de infecção por S aureus foi
reduzida em pacientes cirúrgicos cardiológicos e
em pacientes em hemodiálise tratando-os com a
mupirocina intranasal por 5 dias. - Sandri et al (2006) demonstraram que,
identificando pacientes colonizados com MRSA em
sua UTI e usando uma combinação de mupirocina
intranasal e três banhos diários com
clorexidina, durante 5 dias, as infecções por
MRSA foram reduzidas
36Erradicação da colonização com MRSA e tratamento
da doença invasiva
- Embora não haja nenhum estudo que demonstre uma
redução das infecções por MRSA em RN
colonizados, existem relatos sobre a eficiência
da mupirocina no controle de surto por MRSA em
uma UTI Neonatal, tratando-se os profissionais de
saúde colonizados - A vancomicina permanece a primeira linha de
tratamento para MRSA e, em muitas UTIN onde o
MRSA é endêmico, se usa vancomicina como
terapia - empírica para a sepse tardia enquanto se
aguarda o resultado das culturas -
37Erradicação da colonização com MRSA e tratamento
da doença invasiva
- As concentrações máximas de vancomicina são de 20
a 40 mg/mL - O antibiótico tem efeitos ototóxico e nefrotóxico
(podem ocorrer com níveis séricos maiores que
10 µg/mL)
38Erradicação da colonização com MRSA e tratamento
da doença invasiva
- A dose padrão de vancomicina é 15 mg/kg a
- cada 24 horas para RN lt de 28 semanas,com
intervalos decrescentes a medida que aumenta a
idade gestacional pós-concepção (IgPC) - Quando o RN atinge 40 a 45 semanas de IgPC, o
intervalo da dose é comparável àquele usado em
crianças mais velhas, isto é, cada 8 horas.
39Erradicação da colonização com MRSA e tratamento
da doença invasiva
- Nos casos em que o clínico se depara com
VISA ou alergia à vancomicina, a linezolida
permanece como alternativa eficaz e
relativamente segura para o tratamento de MRSA e
de outros organismos gram-positivos
resistentes a muti-drogas - A linezolida é a última linha de defesa. Dose
recomendada é 10 mg/kg a cada 8h p/ RN com 8 dias
ou mais, e de 12/12h p/ menores de 8 dias de
vida
40Erradicação da colonização com MRSA e tratamento
da doença invasiva
- A duração do tratamento depende do tipo de
infecção. Para as infecções de pele e de - tecido mole e bacteremia, um curso de 7 a 10
dias é geralmente apropriado. - S aureus tem alta propensão para doença
disseminada, como endocardite e osteomielite.
Nestes casos, pelo menos 4 semanas de tratamento
são necessárias, e muitos especialistas
recomendam 6 a 8 semanas de tratamento,dependend
o da evolução clínica
41Prevenção
- Os Centros de Controle e Prevenção de
Enfermidades recomendam o uso de um desinfetante
à base de álcool nas mãos antes do contato com o
paciente, e somente lavar com água e sabão
quando elas estiverem sujas. -
- A higienização das mãos deve ser executada antes
do contato com os pacientes, após o contato com
eles, após ter removido as luvas e após o contato
com o seu ambiente e os equipamentos utilizados.
42- Cândida na Unidade Neonatal de Cuidados
Intensivos
43Epidemiologia
- Candida sp causa aproximadamente de 10 a 15 dos
casos do sepse de início tardio entre bebês
com menos de 1500g - A taxa total de candidemia na UTI Neonatal é
aproximadamente 1,6 de todos os bebês - As taxas entre bebês de muito baixo peso (MBP)
- com menos de 1500g - e entre bebês de extremo
baixo do peso no nascimento - menos de 1000 g -
foram de 5 a 10 e de 7 a 20,
respectivamente .
44Epidemiologia
- A incidência de candidemia aumentou ao longo
- dos anos 80 e dos anos 90 enquanto o número de
- bebês de MBP que sobreviveram aumentou
- Os RN a termo com anomalias congênitas
- complexas e aqueles com internação prolongada
- têm risco elevado para as infecções por Candida
- A maioria dos casos de candidemia ocorre nas
primeiras 6 semanas de vida (média 21 dias). -
45Epidemiologia
- Uma minoria de casos ocorre com 3 meses
- de idade ou mais.
- Em UTIN a Candida albicans é a espécie mais
comum, seguida pela C. parapsilosis . Menos de10
de infecções por Candida são causadas por
outras espécies, incluindo C. tropicalis, C
lusitaniae, C guilliermondii, C glabrata e C
krusei. Esta distribuição da Candida sp foi
relativamente constante nos últimos 25 anos.
46Patogênese
- A colonização geralmente precede a infecção.
- Em média, 23 a 37 dos RN de extremo baixo peso
estão colonizados por Candida. - Os locais mais colonizados são o aparelho
gastrintestinal, a pele e, em alguns casos, o
trato respiratório. - Candida sp pode ser adquirida através da
transmissão vertical do trato gastrintestinal/
geniturinário materno ou, mais geralmente,
através da transmissão horizontal,pelas mãos - dos profissionais de saúde.
47Patogênese
- C. parapsilosis é a espécie mais comumente
carreada pelas mãos dos profissionais de saúde. - Alguns estudos demonstraram que 19 dos staffs da
UTIN eram colonizados por este fungo.
48Fatores de risco para infecção
- Os bebês prematuros e de baixo peso ao nascer
apresentam maior risco para candidemia. - Além do peso ao nascimento, os cateteres venosos
centrais são outros fatores de risco considerável
para candidemia - O risco de candidemia cresce com o tempo
prolongado de uso do cateter central - A hiperalimentação e os intralipídeos estão
associados ao aumento do risco de candidemia,
embora estas terapias sejam conseqüentes ao
atraso na alimentação enteral. - A infecção por Candida foi menor nos RN que
receberam alimentação enteral até o terceiro dia
de vida! -
49Fatores de risco de infecção
- Fatores de risco adicionais
- infecção bacteriana prévia,com hemocultura
positiva, que é obviamente confundida pela
duração do uso antibiótico e pelo grau de
prematuridade - uso de bloqueadores H2 (reduz a diapedese dos
neutrófilos) - uso de cefalosporina de terceira geração e
carbapenêmicos (alteram a flora do trato
gastrintestinal) - anomalias do aparelho gastrintestinal tais
como a enterocolite necrosante, malformações
congênitas (atresias intestinais),ou anomalias
funcionais (doença de Hirshsprung) .
50Apresentação Clinica e Diagnóstico
- As duas manifestações clínicas mais comuns da
- Candida na UTI Neonatal são infecções
sanguíneas relacionadas ao cateter e a
candidíase disseminada que envolvem o sistema
nervoso central, os rins, os olhos, o baço ou os
ossos - Os sinais e os sintomas do candidemia são
inespecíficos e incluem a instabilidade da
temperatura, apnéia, bradicardia, intolerância a
glicose e a distensão abdomnal
51Apresentação Clinica e Diagnóstico
- As infecções sanguíneas relacionadas ao cateter
podem apresentar complicações como por exemplo,
formação de trombose intra-atrial e de
endocardite - Os bebês com meningite por Candida podem ter
- hemoculturas negativas ou parâmetros normais
do LCR - Com isso, todos os bebês com candidemia
- devem submeter-se a uma punção lombar.
52Apresentação Clinica e Diagnóstico
- Bebês com candidemia devem ser investigados
- para focos profundos,que inclui ultra-som
abdominal, ecocardiograma e fundo de olho - as culturas do sangue com volumes adequados
- (1ml por cultura), do cateter venoso central e
de uma veia periférica devem ser obtidas - Dosagem de 1.3-beta-D-gluc (componente da parede
celular da Candida) como uma estratégia
alternativa de diagnóstico.
53Controle
- Os agentes antifúngicos disponíveis anfotericina
convencional, anfotericina lipossomal,
fluconazol, voriconazol, e, recentemente, os
agentes equinocandinas tais como a
caspofungina. - A anfotericina não penetra bem no SNC, mesmo com
inflamação da meninge, porém os relatos de casos
demonstraram resultados satisfatórios de bebês
prematuros tratados com anfotericina convencional
e lipossomal (Lopes Sastre JB et al, 2003)
54Controle
- Além do uso dos agentes antifúngicos em doses
apropriadas, é essencial remover imediatamente
o cateter venoso central dos bebês diagnosticados
com o candidemia - Embora endocardite fúngica em adultos seja
indicação de tratamento cirúrgico, há diversos
relatos de tratamentos bem sucedidos em
recém-nascidos com endocardite fúngica, apenas
com tratamento clínico prolongado.
55Resultados
- A candidemia é frequentemente associada com
- mortalidade precoce
- A taxa de mortalidade devidamente atribuída à
- candidemia é estimada em 13
- A maioria de mortes ocorre dentro dos primeiros
7 dias do diagnóstico.
56Prevenção
- As seguintes estratégias para reduzir a
freqüência de infecções nosocomiais são eficazes
e relativamente baratas - Usar álcool nas mãos
- Evitar esfregar a pele com escovas ou sabões
ásperos. - Usar vestimenta e luva ao introduzir cateteres
centrais ou trocar as roupas de cama ou fraldas
57Prevenção
- Desenvolver programas de supervisão de
antimicrobianos para promover o uso de
antibióticos mais simples e efetivos (evite
antibióticos do amplo espectro tais como
cefalosporinas de terceira ou quarta geração). - Evitar drogas associadas a um grande risco de
- infecção (agentes bloqueadores H2 e
esteróides sistêmicos). - Minimizar dias com cateter venoso central
58Prevenção
- Minimizar as práticas que rompem os meca-
- nismos de defesa normais da pele (por exemplo,
- punção intravenosa repetidas).
- Incentivar a nutrição enteral e o uso do leite
materno. - Maximizar o espaço e prover pessoal.
- Isolar os bebês que apresentam agentes
patogênicos virulentos ou resistentes.
59