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Diagn stico Cl nico e Tratamento das Intoxica es Agudas por Coca na Adriana Mello Barotto Centro de Informa es Toxicol gicas de Santa Catarina – PowerPoint PPT presentation

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Title: Diagn


1
Diagnóstico Clínico e Tratamento das Intoxicações
Agudas por Cocaína
Adriana Mello Barotto Centro de Informações
Toxicológicas de Santa Catarina E-mail
adrianambarotto_at_hotmail.com
2
COCAÍNA CRACK - CINÉTICA
Cocaína é um alcalóide derivado das folhas de
Erythroxylon coca.
Fonte UpToDate
3
COCAÍNA E CRACK MECANISMOS DE AÇÃO
  • Bloqueio da recaptação e promoção da liberação de
    NT
  • (NA, adrenalina, DA), nos SNC e SNP. Há grande
    número de concentração de catecolaminas nas
    sinapses adrenérgicas.
  • 1- Bloq. Recaptação de aminas biogênicas. Efeitos
    descritos em neurônios contendo serotonina e
    catecolaminas (DA, NA, A).
  • 2- Bloq. Canais de sódio (efeito anestésico) em
    overdoses QRS largo.
  • 3- Estimulação de AA excitatórios (glutamato e
    aspartato) no SNC.
    Fonte UpToDate

4
COCAÍNA E CRACK MECANISMOS DE AÇÃO
  • Estimulação B1 adrenérgica taquicardia,
    hipertensão e arritmia
  • Estimulação B2 adrenérgica hipotensão após
    vasodilatação.
  • Estimulação Alfa adrenérgica hipertensão com
    bradicardia reflexa
  • Estimulação do SNC leva a ansiedade, psicose e
    convulsões
  • Aumento da taxa metabólica e hiperatividade
    induz a hipertermia e rabdomiólise

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Cocaína espectro de efeitos tóxicos (1)?
Facilmente percebidos no usuário habitual
  • Euforia
  • Loquacidade
  • Ansiedade
  • Insônia
  • Agitação
  • Movimentos estereotipados

6
Cocaína espectro de efeitos tóxicos (2)?
Levam à procura do profissional de saúde
  • Disforia
  • Ansiedade
  • Insônia
  • Delírios paranóides
  • Psicose (usuários crônicos)?
  • Tremores
  • Distonia
  • Crises epilépticas

Intoxicações por drogas de abuso
7
Cocaína espectro de efeitos tóxicos (3)?
Efeitos graves e que ameaçam a vida
  • IAM
  • Parada cardio-respiratória
  • Estimulação do SNC estado de mal epiléptico
  • AVE
  • TEP
  • Hipertermia
  • Distúrbios hidreletrolíticos e ácido-básicos
  • Insuficiência renal aguda choque, espasmo
    artérias renais, rabdomiólise mioglobinúria
  • Coma efeito anestésico, estado pós-ictal,
    hemorragia intracraniana

Intoxicações por drogas de abuso
8
COCAÍNA CRACK - QUADRO CLÍNICO
9
COCAÍNA CRACK - QUADRO CLÍNICO
  • Hipertermia Aumento da atividade psicomotora,
    aumento produção e diminuição da dissipação do
    calor (pela vasoconstrição). Efeito no centro
    termorregulatório (?). Estimulo da atividade
    calorigênica hepática.
  • Efeitos no músculo esquelético Rabdomiólise,
    insuficiência renal aguda, hipotensão,
    hipertermia.
  • Provavelmente causa isquemia do músculo
    esquelético
  • Insuficiência renal, secundária a mioglobinúria e
    isquemia renal.

FonteGoldfranks
10
COCAÍNA CRACK - QUADRO CLÍNICO
  • Efeitos Neurológicos Hemorragia subaracnoídea,
    hemorragia intracerebral, infarto cerebral,
    ataque isquêmico transitório, reações distônicas,
    leucoencefalopatia tóxica, convulsões, vasculite
    cerebral e várias manifestações psiquiátricas.
  • Efeitos na vasculatura gastrointestinal,
    esplênica e hepática Isquemia aguda da mucosa
    GI, colite, perfuração intestinal
  • Hepatotoxicidade (isquemia, depleção de
    glutation, metabólito reativo-nitróxido
    norcocaína camundongos)?

Fonte Goldfranks
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COCAÍNA CRACK - QUADRO CLÍNICO
  • Efeitos Cardíacos
  • Isquemia ou Infarto do Miocárdio
  • Agudo VC Art. Coronárias, taquicardia, HAS,
    aumento da demanda miocárdica de oxigênio,
    agregação plaquetária e formação de trombo in
    situ.
  • Crônico Aterosclerose e hipertrofia VE.
  • Baixas doses podem resultar em bradicardias.
  • Altas doses estão associadas a qualquer tipo de
    taquiarritmia.
  • Cardiomiopatia (isquemia alteração da
    contratilidade)?
  • Dissecção de aorta (HAS, VC,dano vascular)?
  • Endocardite e lesão endotelial usuários EV


Fonte Goldfranks
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COCAÍNA CRACK - QUADRO CLÍNICO
  • Efeitos nos pulmões e vias aéreas superiores
    exacerbação de asma, pneumotórax,
    pneumomediastino, injúria pulmonar aguda,
    hemorragia alveolar difusa, infiltrado pulmonar
    recorrente com eosinofilia, anormalidades
    vasculares pulmonares, edema pulmonar.
  • Usuários de crack Broncoconstrição (corpos
    estranhos)?
  • Crack-lung
  • Efeitos uteroplacentários e perinatais aborto
    espontâneo, prematuridade fetal e retardo no
    crescimento intra-uterino. Síndrome de
    abstinência no bebê.
  • Cocaína e cocaetileno são excretados no leite
    materno.


FonteGoldfranks
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COMPLICAÇÕES PULMONARES APÓS USO DE CRACK
ACHADOS NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ALTA
RESOLUÇÃO DO TÓRAX
Em relação aos estudos radiológicos, alguns
autores(8) avaliaram 71 radiografias de tórax em
usuários de crack e encontraram anormalidades em
nove atelectasias ou consolidações focais em
quatro, pneumomediastino em dois, pneumotórax em
um e hemotórax em um. Mançano,A. et al.Jornal
Brasileiro de Pneumologia Ano 2008Volume 34 -
Edição 5 Maio .
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COCAÍNA CRACK - QUADRO CLÍNICO
  • Efeitos Psicológicos e Psiquiátricos Tolerância
    física e psíquica. Estudos em animais mostram
    tolerância reversa para as reações
    comportamentais.
  • Depressão, psicose, desordens do pânico, deficit
    de atenção, desordens alimentares, agitação,
    dist. ansiedade, delírios persecutórios,
    alucinações auditivas e táteis.

FonteGoldfranks Poisindex
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COCAÍNA CRACK - EXAMES
  • Análise toxicológica
  • Exames laboratoriais Hemograma com plaquetas,
    uréia, creatinina, CK, CKMB, troponina, TAP, TGO,
    TGP, Gasometria arterial, colinesterase, parcial
    de urina.
  • ECG e monitorização cardíaca
  • RX tórax e abdome
  • Outros TC crânio, Ecocardiograma,...

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COCAÍNA CRACK - TRATAMENTO
  • Critérios de internação alterações persistentes
    do estado mental, hipertermia significativa ou
    rabdomiólise, coagulopatias, acidose metabólica,
    hipertensão severa, dor torácica sugestiva de
    isquemia do miocárdio, falência renal ou
    hepática. 
  • Todos os pacientes que ingeriram pacotes (mesmos
    os assintomáticos), devem ser hospitalizados para
    exames diagnósticos e evacuação dos pacotes
    ingeridos.  

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COCAÍNA CRITÉRIOS PARA ALTA HOSPITALAR
  • - paciente com agitação, taquicardia moderada ou
    hipertensão que são solucionados mediante
    observação ou intervenção médica mínima e sem
    alterações laboratoriais.
  • Pacientes que evoluíram com complicações, que
    reverteram após tratamento, e com exames
    laboratorias normais.
  • quando todos os pacotes contendo cocaína forem
    eliminados. Este processo pode levar vários dias
    e pode requerer várias radiografias abdominais ou
    cintilografias para acompanhar a eliminação.
  •  

18
COCAÍNA CRACK - TRATAMENTO
  • Ingestão oral recente de pó de cocaína (sem
    invólucro) lavagem gástrica e carvão ativado.
  • Body packers assintomáticos carvão ativado,
    catárticos (manitol), irrigação intestinal total
  • Body packers sintomáticos cirurgia
  • Body stuffers, Body pushers.



Schaper A, et al Int. J. Colorectal Dis (2007)
221531-35 Madrazo González, Z. et al Ver Esp
Enferm Dig (2007)99-10
19
COCAÍNA EM PÓ
20
PEDRAS DE CRACK
21
BODY PACKER
Int J Colorectal Dis (2007) 2215311535
22
BODY PACKER
23
(No Transcript)
24
(No Transcript)
25
(No Transcript)
26
BODY PUSHER
Int J Colorectal Dis (2007) 2215311535
27
SURGICAL TREATMENT IN COCAINE BODY PACKERS AND
BODY PUSHERS
Int J Colorectal Dis (2007) 2215311535
  • Pesquisa realizada em aeroportos
  • 1985 a 2002
  • 4660 body packers e 312 body pushers
  • 1,4 (64) dos body packers desenvolveram
    sintomas 20 submetidos a cirurgia e
    sobreviveram 44 foram a óbito antes da cirurgia.
  • 1 body pusher desenvolveu íleo e necessitou
    remoção via endoscopia retal

28
COCAÍNA CRACK - TRATAMENTO
  • CONVULSÕES administrar diazepam EV em bolus. Se
    após 30 mg (adultos) persiste convulsão -
    barbitúricos
  • AGITAÇÃO administrar diazepam EV em bolus
    (repetir SN). Evitar antipsicóticos.
  • HIPOTENSÃO Soro Fisiológico, Noradrenalina ou
    Dopamina
  • HIPERTERMIA controlar a agitação com
    benzodiazepínicos EV. Aumentar a perda de calor
    borrifando a pele com água e colocando
    ventiladores no local, compressas frias, gelo.
    Hidratação.

29
COCAÍNA CRACK- TRATAMENTO
  • HIPERTENSÃO A maioria responde bem ao uso de
    benzodiazepínicos.
  • Hipertensão severa não responsiva aos BZD
    fentolamina 5 a 10 mg EV (pode-se repetir em 5
    minutos)?
  • Nitroprussiato (titular conforme efeito)- Iniciar
    com 0,3mcg/kg/min. Usual 3 mcg/kg/min. Máx 10
    mcg/kg/min.
  • Alternativas de segunda linha diltiazen,
    verapamil (TOXBASE)?
  • Não administrar Beta bloqueadores



Goldfranks, Poisindex, Toxbase
30
COCAÍNA CRACK - TRATAMENTO
  • Isquemia Miocárdica
  • - Oxigênio
  • - Benzodiazepínicos
  • - AAS 325 mg (se não há suspeita de
    dissecção de aorta)?
  • - Nitratos - Nitroglicerina
  • Obs se QRS largo- Bicarbonato de sódio


  • Fonte UpToDate


  • Bhangoo P, Parfitt A, Wu T Emerg Med J. 2006
    Jul23(7)568-9


  • McCord J, et al. JAmeric Heart Assoc.117. 2008
    1897-907.

31
COCAÍNA CRACK TRATAMENTO
  • NÃO ADMINISTRAR BETA BLOQUEADORES
  • - Podem criar uma estimulação alfa
    adrenérgica, associada a vasoconstrição
    coronariana e isquemia de órgãos alvo.
  • A proscrição inclui o labetalol.


  • Fonte UpToDate


  • Sen A, et al.Emerg. Med. J.
    200623401-402

32
MC CORD ET AL. MANAGEMENT OF COCAINE-ASSOCIATED
CHEST PAIN AND MYOCARDIAL INFARCTIONCIRCULATION
,APRIL 8, 2008
33
MC CORD ET AL. MANAGEMENT OF COCAINE-ASSOCIATED
CHEST PAIN AND MYOCARDIAL INFARCTIONCIRCULATION
,APRIL 8, 2008
Taquiarritmias ventriculares o tratamento
depende do tempo de uso da cocaína e ínicio da
arritmia. Arritmias que ocorrem imediatamente
após o uso da cocaína resultam do efeito
anestésico (bloqueio dos canais de sódio) no
miocárdio Podem responder ao BICARBONATO DE
SÓDIO. Lidocaína (em modelo animal) pode
exacerbar convulsões e arritmias pelos efeitos
similares nos canais de sódio. Arritmias que
ocorrem várias horas após o uso da cocaína são
usualmente secundárias a isquemia. O tratamento
deve ser direcionado a isquemia. Pode ser usado
lidocaína para arritmias persistentes ou
recorrentes. Não existem dados em relação a
eficácia da amiodarona. .
34
MANEJO APÓS A ALTA E PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
  • Cessação do uso deve ser o objetivo primário
  • Nos pacientes com dor torácica associada a
    cocaína 60 tem recidiva no próximo ano.
  • Os pacientes com dor torácia associada a cocaína,
    devem controlar fatores de risco, incluindo
    parar de fumar, controle de hipertensão, diabetes
    e dislipidemia.
  • Pacientes com evidência de IAM ou aterosclerose
    devem receber AAS. Pode ser associado o
    clopidogrel, principalmente naqueles tratados
    medicamentosamente (sem intervenção coronária
    percutânea).
  • Risco do uso de betabloqueadores em virtude da
    alta recorrência do uso.

35
MANEJO APÓS A ALTA E PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
  • Não há tratamento medicamentoso estabelecido para
    a dependência de cocaína.
  • Várias opções de intervenção psicossocial existem
    ( psicoterapia individual e de grupo, terapia
    cognitivo comportamental)?
  • Dados preliminares sugerem que a combinação de
    terapia de grupo e individual tem um maior
    impacto na recorrência do uso da cocaína.

36
OBRIGADA!
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